Foto: Arquivo/O Estado

 Queda foi puxada por hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo.

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As vendas do comércio varejista no Paraná caíram mais uma vez, fechando o mês de agosto com variação negativa de 0,79%, na comparação com igual mês do ano passado. Foi a segunda queda consecutiva – em julho, a variação havia sido de 0,13% – e o segundo pior desempenho entre as 27 unidades da federação, atrás apenas do Rio Grande do Sul, que registrou queda de 4,45%. Em nível nacional, as vendas do comércio registraram alta de 6,47%, o 21.º aumento seguido. Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo foi quem puxou o índice para baixo no Paraná, com queda de 9,95%. Para o economista Reinaldo Silva Pereira, da Coordenação de Comércio e Serviço do IBGE, a variação negativa pode ser reflexo ainda da quebra da safra, por conta da estiagem que atingiu o Estado. Além disso, lembrou, o supermercado é um setor bastante sensível à renda. "É onde geralmente as pessoas compram à vista", disse.

Todos os outros setores que compõem o índice registraram crescimento nas vendas em agosto, com destaque para móveis e eletrodomésticos (alta de 13,22%), tecidos e vestuário (1,64%), livros, jornais e revistas (30,33%), equipamentos e materiais para escritório, informática (130,21%), combustíveis e lubrificantes (1,81%) e outros artigos (23,17%).

Com o resultado de agosto, as vendas do comércio varejista no Paraná acumulam no ano aumento de 0,20% – o segundo menor do País, atrás do Rio Grande do Sul (-0,18%). Desde janeiro, as variações vêm oscilando entre alta e queda no Estado. Na média nacional, há no acumulado do ano aumento de 4,86%. No acumulado dos 12 meses, a variação nas vendas do Paraná é de 3,79%, contra a média brasileira de 6,30%.

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País

Em nível nacional, as vendas no comércio varejista completaram 21 meses seguidos de crescimento na comparação com igual mês do ano anterior. Em agosto, a expansão foi de 6,47% em relação a agosto de 2004. Na comparação com julho, porém, houve queda de 0,38%, a primeira em seis meses.

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Na comparação mensal, que calcula quatro das oito atividades que compõem o comércio varejista, as vendas recuaram apenas no segmento em tecidos, vestuário e calçados (-2,37%). Subiram em combustíveis e lubrificantes (1,42%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,53%), e móveis e eletrodomésticos (0,03%).

Contra agosto de 2004, as vendas aumentaram em sete das oito atividades do varejo. Em hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, a alta foi de 4,07%, em móveis e eletrodomésticos, de 16,61%, e em tecidos, vestuário e calçados, de 10,51%.

?O maior impacto positivo sobre a taxa mensal de agosto para o volume de vendas do varejo continuou vindo da atividade móveis e eletrodomésticos, que vem tendo desempenho acima da média, beneficiado pelas condições favoráveis do crédito direto ao consumidor e pelos empréstimos pessoais consignados em folha?, informou o IBGE. O único segmento com queda de vendas em relação a agosto de 2004 foi de combustíveis e lubrificantes, de 5,96%, a oitava consecutiva.