economia

Vendas de veículos nos EUA continuam fortes em junho

As vendas de automóveis nos Estados Unidos se mostraram resilientes neste ano, com muitas das maiores montadoras publicando aumento de vendas nos primeiros seis meses de 2018, apesar de previsões de que haveria arrefecimento da demanda. De acordo com a Autodata, as vendas de veículos subiram de 16,91 milhões em maio para 17,47 milhões em junho. Também houve avanço em relação a junho de 2017, quando houve venda de 16,70 milhões de automóveis.

No primeiro anúncio desde abril, quando informou que reportaria as vendas trimestralmente, a General Motors informou que, no acumulado do ano até junho, suas vendas aumentaram 4,2%, para 1.474,170 veículos. Tanto a Toyota Motor quanto a Fiat Chrysler registram ganhos de vendas nos primeiros seis meses, enquanto as vendas da Ford Motor e da Honda ficaram perto da estabilidade. Já a Nissan Motor registrou uma queda de quase 5% nas vendas no primeiro semestre do ano. Para a economista-chefe da GM, Elaine Buckberg, “a reforma tributária elevou o salário líquido, a confiança do consumidor é alta e os balanços das famílias estão saudáveis”.

Entre abril e junho, as vendas da GM subiram 4,6% na comparação anual, para 758.376 veículos. Já a Ford informou um aumento de 1% nas vendas de junho, para 229.537 unidades. Enquanto isso, as vendas da Fiat Chrysler subiram 8% na comparação anual de junho, para 202.264 veículos.

A Toyota disse que suas vendas aumentaram 3,6% em junho, para 209.602 unidades. Enquanto isso, a Honda informou que vendeu 146.563 veículos, representando um aumento de 4,8% na comparação anual de junho. A Nissan, por sua vez, viu suas vendas aumentarem 1,2% em junho, para 145.096 veículos.

O aumento das taxas de juros nos EUA e mais opções de veículos usados devem reduzir a demanda por veículos novos neste ano. No entanto, analistas apontam que a forte economia americana, o baixo desemprego e os cortes nos impostos mantiveram as vendas em um ritmo quase recorde no primeiro semestre do ano. Apesar disso, executivos do setor alertam que o ímpeto pode estagnar nos próximos meses em meio a ameaças do presidente americano, Donald Trump, de impor tarifas sobre veículos importados, o que custaria à indústria automotiva bilhões de dólares e que poderia elevar os preços em cerca de US$ 6 mil, segundo estimativas.

Na avaliação do presidente mundial da LMC Automotive, Jeff Schuster, se as tarifas propostas pela Casa Branca forem aprovadas, as vendas poderiam “desacelerar drasticamente”. Para ele, “uma guerra comercial envolvendo veículos seria devastadora para o volume de vendas nos EUA e em outros mercados importantes”. Schuster projeta que as vendas de veículos americanos cairiam em até 11%, ou cerca de dois milhões de automóveis, se uma tarifa de 25% for repassada ao consumidor. Fonte: Dow Jones Newswires.

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