As vendas de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceram 0,8% em novembro do ano passado ante outubro de 2007, revertendo a queda de 1,6% apurada em outubro ante setembro, segundo o IBGE. Esse é o segmento que tem mais peso no cálculo da pesquisa mensal de comércio.
O técnico da coordenação de serviços e comércio do IBGE, Nilo Lopes, disse que o crescimento ante mês anterior pode estar relacionado à desaceleração de aumentos de preços ou quedas em produtos alimentícios que vinham registrando reajuste significativo, como leite e ovos.
Combustíveis
O segmento de combustíveis e lubrificantes registrou aumento de 1,5% nas vendas em novembro de 2007 ante outubro do mesmo ano e expansão de 6,5% ante novembro de 2006. No acumulado de janeiro a novembro, o crescimento nas vendas desse segmento foi de 5,2%.
Nilo Lopes acredita que o bom desempenho desse segmento em 2007, após dois anos consecutivos de queda nas vendas, pode ser explicado pelo crescimento da economia, o aumento da frota de veículos e a redução de preços.
Vestuário
As vendas de tecidos, vestuário e calçados cresceram 1,6% em novembro ante outubro do ano passado e aumentaram 12,4% na comparação com novembro de 2006.
O técnico do IBGE disse que esse segmento, "pela alta sensibilidade às vendas natalinas" pode ter sido influenciado, em novembro do ano passado, pela antecipação das compras de Natal. Além disso, segundo ele, há nos últimos meses "maior propensão" por consumo de bens de consumo semi duráveis pela classe média.
Móveis e eletrodomésticos
Embaladas pelo crédito e o aumento da renda dos consumidores, as vendas de móveis e eletrodomésticos subiram 1,4% em novembro de 2007 ante outubro do ano passado e aumentaram 15,5% em relação a novembro de 2006. No ano, de janeiro a novembro, esse segmento acumulou expansão de 16%.
Nilo Lopes afirma que "o crédito, com especial ênfase no alongamento dos prazos de financiamento, tem sido o elemento chave para o desempenho da atividade". Ele citou os "preços competitivos" e o crescimento da massa salarial como outros importantes fatores de estímulo para esse segmento.
Informática
Crédito, renda, queda de preços e "a crescente essencialidade de produtos de informática na rotina das famílias" foram os fatores citados pelo técnico do IBGE, Nilo Lopes, para justificar a continuidade do forte crescimento das vendas do comércio varejista de equipamentos de informática e escritório, que tiveram aumento de 36,4% em novembro ante novembro de 2006. Para esse segmento, não há dado comparativo a mês anterior. No acumulado de janeiro a novembro, houve expansão de 27,9%.
Veículos e motos
As vendas do grupo de veículos e motos, partes e peças, recuaram 0,9% em novembro do ano passado ante outubro de 2007, mas mantiveram a trajetória de significativos crescimentos ante igual mês de ano anterior, com expansão de 21,6% na comparação com novembro de 2006.
O técnico da coordenação de serviços e comércio do instituto, Nilo Lopes, disse que a queda ante mês anterior pode ter refletido o "término da onda de lançamentos das montadoras". A continuidade dos crescimentos neste segmento, em dados comparativos a igual período de ano anterior, é atribuída por ele à redução dos juros e ampliação dos prazos de financiamento, além das "expectativas positivas quanto à manutenção do emprego".