As vendas de etanol combustível a partir das unidades produtoras do Centro-Sul do País atingiram 2,15 bilhões de litros em maio, alta de 16,55% em relação a abril, quando o volume comercializado foi de 1,85 bilhão de litros. Do total vendido em maio, 199,36 milhões de litros foram destinados ao mercado externo e 1,96 bilhão ao mercado doméstico.
Para o diretor-técnico da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Antonio de Padua Rodrigues, o aumento das vendas é fruto do retorno de 20% para 25% da mistura do etanol anidro adicionado à gasolina, desde 1º de maio, do aumento das vendas de anidro do Centro-Sul para o Norte-Nordeste e da evolução da frota de veículos flex. “Além disso, houve o próprio crescimento nas exportações.” Esses fatores têm sido os principais responsáveis pela recuperação de preços do etanol verificada recentemente, concluiu.
Na última quinzena de maio, as vendas de etanol chegaram a 1,14 bilhão de litros, com 102,57 milhões de litros para o mercado externo e 1,04 bilhão de litros para o interno. Do total destinado ao consumo doméstico, 309,07 milhões de litros foram de etanol anidro e 727,68 milhões de hidratado, alta de 9,33% em relação à primeira quinzena de maio e um pouco menor que o volume observado na segunda quinzena de maio de 2009, de 735,73 milhões de litros.
“As vendas de hidratado na última quinzena de maio voltaram a atingir o mesmo patamar observado em 2009. Entretanto, no ano passado, nesse mesmo período, devido à crise financeira, as usinas venderam etanol a R$ 0,58 o litro. Já este ano foi possível vender o mesmo volume de etanol ao preço de R$ 0,71 por litro”, explicou Rodrigues. Segundo o executivo, esse fato se deve aos aspectos já mencionados anteriormente e mostra como o potencial de demanda de etanol cresceu a partir de maio de 2009, consequência dos 2,76 milhões de veículos flex que se somaram ao mercado brasileiro nos últimos 12 meses.