Agricultura

Vendas de colheitadeiras e tratores estão aquecidas

A produção industrial de máquinas e equipamentos no Paraná foi uma das protagonistas do bom desempenho da indústria do Estado no ano passado, revelou nesta quarta-feira (9) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O setor acumulou um crescimento de 24,5% em 2010. Tratores e colheitadeiras foram dois dos itens que mais influenciaram os números do grupo.

Neste ano, a expectativa dos fabricantes está atrelada às decisões que o governo federal deve tomar nas próximas semanas sobre a continuidade de linhas de financiamento como o Finame PSI e o Pronaf Mais Alimentos. “Praticamente 95% de nossas vendas estão vinculadas às linhas de financiamentos e programas sociais de apoio ao produtor”, reconhece o diretor comercial da New Holland no Brasil, Luiz Feijó.

Enquanto não há alteração nos financiamentos para a compra de máquinas e equipamentos agrícolas, a empresa segue com um ritmo de vendas bem aquecido. “Normalmente há uma redução neste período, mas isso não ocorreu”, afirma. Essa manutenção das vendas ocorre após um ano de recordes: a New Holland vendeu 56 mil tratores em todo o País. “Foi o melhor ano desde 1976. Conseguimos realizar todas as oportunidades graças ao bom momento da economia, à valorização dos preços das commodities e à redução dos insumos. Tudo isso garantiu fôlego e otimismo ao produtor, que pode renovar a frota e mecanizá-la ainda mais”, conta Feijó.

Segundo o economista da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), Roberto Zurcher, a tendência é que neste ano o setor continue registrando crescimento, mas em um ritmo bem menos acentuado. “A estimativa é que o PIB (Produto Interno Bruto) deste ano cresça 4,5%, metade do registrado em 2010, por isso que a previsão não tem como destoar disso”, ponderou. A New Holland, no entanto, aposta que se as linhas de financiamento forem mantidas, as vendas ficarão em patamares semelhantes. “Até agora a colheita evoluiu sem qualquer problema. Soma-se ao fato do produtor ter reduzido o custo de produção da safra atual, por conta da baixa nos insumos, e se verifica uma folga maior no orçamento”, explica.

Segundo a Ocepar, em média, a economia no custo de produção da soja e do milho ficou em 5%, mas houve insumos que representaram uma redução de 20%. “O produtor paranaense investe pesado em tecnologia e isso se reflete em uma alta produtividade que também envolve a redução de perdas nas colheitas. As máquinas de hoje, por exemplo, são mais ágeis na colheita, para aproveitar as janelas, e trabalham com um índice de perda inferior a 1%”, destaca Feijó.

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