economia

Vendas de carros voltam a subir depois de 26 meses

O mercado de carros novos deu sinais de reação em março e deve fechar o mês com vendas acima de 180 mil unidades, segundo previsão de executivos do setor automobilístico. Será a primeira vez. Será a primeira vez em 26 meses que as vendas vão superar o volume mensal no comparativo anual. A última vez que isso ocorreu foi em dezembro de 2014, o último mês em que as vendas superaram 300 mil unidades.

Até quinta-feira, faltando portanto os dados de ontem, foram licenciados 174,9 mil veículos, segundo dados preliminares do mercado. Do total, 170,2 mil unidades são automóveis e comerciais leves.

Como a média diária de vendas está pouco acima de 8 mil unidades, o setor deve encerrar março com vendas superiores a 183 mil veículos, ante 179,2 mil no mesmo mês do ano passado.

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) espera pelo início da recuperação desde janeiro, mas até agora suas expectativas vinham sendo frustradas.

A entidade trabalha com projeção de alta de 4% nos negócios este ano, para 2,13 milhões de veículos, ante 2,05 milhões no ano passado. O setor vem de quatro anos seguidos de recuo nas vendas, depois de ter atingido 3,8 milhões de unidades em 2012.

Férias.Mesmo com sinais de possível melhora nas vendas, as montadoras adotam medidas de corte na produção. Na quinta-feira, a Volkswagen anunciou que vai suspender toda a produção da fábrica de Taubaté (SP) por dez dias, a partir de 28 de abril.

Para reduzir estoques, a marca alemã dará férias coletivas aos 3,6 mil trabalhadores da produção dos modelos Gol, up! e Voyage. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos local, a maioria dos funcionários retornará entre 28 de abril e 2 de maio. Um grupo de 260 empregados ficará em casa por 20 dias. Em nota, a Volkswagen afirmou que “tem feito uso de ferramentas de flexibilização para adequar o volume de produção à demanda do mercado”.

Caminhões. A operação de caminhões e ônibus da Volkswagen no Brasil, controlada pela MAN Latin America, fechou nesta semana contrato de exportação de 304 veículos para o México, sendo 150 caminhões 154 ônibus.

Segundo o presidente da MAN, Roberto Cortes, o negócio faz parte de um esforço para ampliar a participação das exportações nos negócios, em uma tentativa de driblar a baixa demanda no Brasil. As vendas de caminhões e ônibus caíram 30,5% em 2016 ante 2015, e acumulam recuo de 33% no primeiro bimestre deste ano.

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