A indústria automotiva já conseguiu salvar o ano, que começou com incertezas e projeções negativas. Na virada do semestre teve o melhor mês de sua história e, pela primeira vez, ultrapassou a barreira dos 300 mil veículos vendidos. Com desempenho recorde também no acumulado de seis meses e perspectivas de superar o resultado de 2008, quando vendeu 2,82 milhões de unidades, as montadoras preparam contratações e jornadas extras.

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O corte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), anunciado pelo governo em dezembro do ano passado e prorrogado até setembro, com a volta gradual da alíquota no último trimestre, é um dos principais responsáveis pela virada. “Os resultados mostram que a decisão foi certa e ajudou na recuperação do mercado”, avalia o presidente da Volkswagen, Thomas Schmall. A montadora, que na semana passada anunciou 200 contratações temporárias em São Bernardo (SP) e 50 em Taubaté (SP), abrirá mais 190 vagas para a produção este mês e, segundo sindicalistas, outras 600 ou 700 até o fim do ano.

O presidente da Fiat, Cledorvino Belini, também estuda novas contratações em Betim (MG). Na General Motors, já foram negociados sábados extras de trabalho, expediente que também está sendo adotado pela Volks há vários meses. “No começo do ano eu estava preocupado, mas hoje estou mais otimista”, diz Jaime Ardila, presidente da GM. Ele chegou a prever queda de 15% no mercado.

Porém, pelo menos duas fabricantes de caminhões – Scania e Mercedes-Benz – estão com programas de cortes. O segmento de veículos pesados não reagiu às medidas do governo e seguem em queda. Ao mesmo tempo, a Volks informa que abrirá um Programa de Demissão Voluntária (PDV) para funcionários administrativos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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