Vendas a prazo caíram 8% no varejo no País

As vendas a prazo reduziram em 8% no varejo brasileiro nos primeiros 20 dias de setembro, comparados ao mesmo período de agosto. É o que revela o banco de dados do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), que responde às consultas de crédito de mais de 550 mil empresas no País, equivalente a 2,5 milhões de estabelecimentos comerciais. Nos primeiros 20 dias de agosto, 12.052.308 de consultas de crédito foram feitas ao SPC Brasil, enquanto em setembro, 11.086.654 de acessos foram registrados.

No Paraná, nos primeiros 20 dias de setembro foram incluídos 16.137 registros no SPC e 14.286 saíram do banco de dados. O número de consultas no período foi de 128.471. Comparado ao mesmo período de agosto, o Estado apresenta uma redução tanto no volume de inclusões, que em agosto foi de 35.945, como de exclusões do sistema, que foi de 36.152 registros nos primeiros 20 dias de agosto em um total de 167.689 consultas.

Na avaliação do presidente da organização, Edson Monteiro, que esteve ontem em Curitiba, o aumento dos juros não é o único fator que responde por essa queda nas vendas a prazo, normalmente relacionadas aos produtos de maior valor. As grandes compras a crédito como de eletrodomésticos, eletroeletrônicos e veículos já aconteceram este ano no comércio. “Havia uma demanda reprimida no comércio interno, desde o final de 2001”, pondera.

Quando as pessoas se sentiram mais seguras com as linhas de ação do governo atual, adquiriram bens de maior valor e saldaram suas dívidas, incrementando também o nível de reabilitação de crédito no País, que, somente no mês de julho, viu quase um milhão de consumidores aptos novamente a comprar a prazo, lembra Monteiro.

A situação da venda a prazo não é a mesma do comércio a vista em que floriculturas, supermercados, postos de combustível e outros estabelecimentos que comercializam bens de ticket de menor valor, compara.

Reabilitação

O volume de consumidores que estão se reabilitando para comprar a prazo também não permaneceu na trajetória de crescimento que vinha mostrando. Enquanto nos primeiros 20 dias de agosto, 2.989.491 limparam o nome, este mês, em igual período, 1.324.789 saíram da lista de restrições.

Reduziu também o volume de inclusões no banco de dados do SPC Brasil nesses 20 dias. Em agosto, 2.550.415 passaram a ter restrições. Em setembro, a diferença é quase um milhão, comparada ao mês anterior, pois houve 1.581.864 novas inclusões. Mesmo assim, o saldo líquido é negativo em setembro entre exclusões e inclusões, na ordem de 257.075 registros. Foram excluídos 1.324.789 registros do SPC Brasil e incluídos 1.581.864 no período. Em agosto, o saldo foi positivo em 439.076 registros.

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