Venda de veículos em queda

As montadoras venderam em fevereiro 104.785 veículos. Trata-se do menor volume de vendas desde agosto de 2003, quando entrou em vigor o benefício fiscal da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Naquele mês, foram comercializados 100,8 mil unidades. Os números foram divulgados ontem pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

Os dados de fevereiro mostram uma queda de 11,3% em relação ao mesmo mês de 2003 e uma diminuição de 2,5% na comparação com janeiro. No acumulado do primeiro bimestre, foram vendidas 212.210 unidades, volume 7,9% inferior ao de igual período do ano passado.

Segundo analistas, as vendas do mês foram prejudicadas pelo feriado de Carnaval, que reduziu o número de dias úteis.

Durante o período de redução do IPI – de agosto de 2003 a fevereiro de 2004 -, a alíquota do IPI dos carros de até 2.000 cilindradas foi reduzida em três pontos. Com o fim do benefício fiscal, as montadoras repassaram aumentos médios de 3,5% para as tabelas de preços.

Exportações

Segundo a Anfavea, as montadoras venderam para o mercado externo o equivalente a US$ 466,685 milhões, uma queda de 1,4% em relação a janeiro. Na comparação com fevereiro de 2003, houve um aumento 31,5% nas exportações.

No acumulado do ano, as exportações alcançaram US$ 940,032 milhões, um aumento de 52,9% em relação ao mesmo período de 2003.

Produção

As montadoras produziram em fevereiro 154.582 veículos, uma queda de 1,8% em relação a janeiro. Na comparação com fevereiro de 2003, houve um avanço de 0,1%.

No acumulado do ano, a produção totalizou 312.018 unidades, um aumento de 4,5% em relação ao mesmo período de 2003.

Recorde em máquinas agrícolas

O bom desempenho do setor de agronegócios também beneficiou a indústria automotiva. Nos dois primeiros meses do ano, foram produzidas 4.950 máquinas agrícolas, um aumento de 21,5% em relação ao mesmo período de 2003. Parte desta produção foi direcionada para o mercado internacional, para onde foram vendidos US$ 263,384 milhões em tratores, cultivadores, colhetadeiras e retroescavadeiras.

“A boa movimentação do mercado internacional de soja alavancou a produção brasileira de máquinas agrícolas, que ganhou novos mercados”, disse o presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Ricardo Carvalho.

Com esse desempenho, as máquinas agrícolas representaram 28% dos US$ 940,032 bilhões exportados no primeiro bimestre de 2004. No mesmo período do ano passado, as máquinas agrícolas correspondiam a 19,2% das exportações automotivas.

Movimento atípico

A elevação das exportações de máquinas agrícolas é considerada atípica para o setor. É que os dois primeiros meses do ano são bons para a venda de máquinas agrícolas no mercado interno.

Segundo o vice-presidente da Anfavea, Persio Luiz Pastre, a elevação da produção de máquinas agrícolas nesse período foi puxada pela demanda do mercado externo.

Os maiores importadores de máquinas agrícolas brasileiras são a Argentina e Estados Unidos.

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