O mercado brasileiro de computadores pessoais (PCs) negociou 2,5 milhões de novas unidades no primeiro trimestre deste ano, o que representa um crescimento de 25,6% sobre o mesmo período do ano passado. Os dados fazem parte de um estudo contratado pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) junto à consultoria IT Data. A previsão é de que o setor termine o ano com um crescimento de 17% sobre o ano passado.
O estudo da entidade aponta que as vendas de PCs atingirão 11,7 milhões de unidades em 2008. Tanto o segmento doméstico, principalmente as classes B e C, que ainda estão adquirindo o seu primeiro PC, quanto o mercado corporativo, que deverá renovar sua base instalada, apresentarão um bom desempenho em 2008, explicou o presidente da Abinee, Humberto Barbato.
A associação estima ainda que o mercado de desktops (computadores de mesa) cairá 2% este ano, enquanto que o de notebooks (computadores portáteis) crescerá 98%. Dados do Ministério do Trabalho indicam que nos primeiros três meses deste ano foram criados mais de 550 mil postos de trabalho com carteira assinada. E, a cada 2,7 empregos gerados, as empresas adquirem um PC, segundo a IT Data.
O estudo do mercado de PCs mostra que as vendas de desktops alcançaram 1,8 milhão de unidades no primeiro trimestre, o que representa um crescimento de 5,8% sobre o primeiro trimestre de 2007. Comprovando a tendência de migração, o mercado de notebooks alcançou 664 mil unidades de janeiro a março, 165% superior ao mesmo período de 2007, passando a representar 26% do mercado de PCs. A estimativa da Abinee para 2008 é que, até o final do ano, este porcentual atingirá 32,4%.
A participação do mercado ilegal de desktops cresceu de 29%, no quarto trimestre de 2007, para 32%, no primeiro trimestre do ano. Para o presidente da Abinee, a greve dos auditores da Receita Federal favoreceu este crescimento, em razão da retenção de componentes oficiais nas alfândegas. Já o mercado ilegal de notebooks apresentou redução de 37%, no quarto trimestre de 2007 para 34%, nos primeiros três meses do ano.
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