Venda de imóveis usados em SP cai 14,6% em abril

A venda de imóveis usados recuou 14,6% no Estado de São Paulo em abril ante março, de acordo com a pesquisa mensal do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP). Conforme o levantamento, no período foram vendidos 864 imóveis no Estado, o que representa uma alta no índice de 0,5461 para 0,5226. Para a pesquisa foram consultadas 1.582 imobiliárias em 37 cidades paulistas.

Do total comercializado, os apartamentos concentraram 54,17% da demanda. As vendas caíram nas quatro regiões que compõem a pesquisa, sendo que na capital foi apurado declínio de 0,10%. No interior o levantamento apontou retração de 12,73%, enquanto que no litoral as vendas caíram 20,66%. Mas o pior desempenho foi registrado no conjunto urbano formado pelas cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco, com queda de 30,67%.

No mercado de locação de casas e apartamentos foi registrada queda de 8,41% no mesmo intervalo, com o índice estadual de locação passando de 1,9303 para 1,7680. Em abril, as imobiliárias alugaram 2.797 imóveis, com o predomínio das casas (56,6%) sobre os apartamentos (43,4%). Somente no litoral foi informado aumento das contratações, com o número de novas locações superando em 13,09% o total de imóveis alugados em março. Na capital, o número de imóveis alugados caiu 1,98% em relação ao mês passado, enquanto que no interior a retração ficou em 6,98% e nas cidades da região do Grande ABC e Diadema, Guarulhos e Osasco o declínio chegou a 29,15%.

Apesar da retração de vendas e locação, o índice estadual de preços de imóveis usados e aluguéis residenciais (IEPI-UR/Creci-SP) subiu 12,75% em abril frente ao mês anterior. Em nota, José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP, observa que não há uma causa única para esse comportamento, mas é previsível que haja queda de vendas e mesmo de locação quando os preços e os aluguéis sobem.

“Os donos de imóveis sabem que a procura cai quando os preços sobem, mas também sabem que o enorme déficit de habitações do País lhes dá espaço para manter ou mesmo subir os valores dos imóveis independentemente do comportamento eventual da demanda”, acrescenta. Segundo Neto, o equilíbrio nesses dois mercados será alcançado apenas quando o déficit for medido em milhares e não em milhões de imóveis.

Na capital, o valor médio dos imóveis vendidos foi superior a R$ 200 mil, com 71,37% das vendas. No interior e nas cidades do Grande ABC e Diadema, Guarulhos e Osasco, as vendas ficaram concentradas na faixa de até R$ 180 mil, com 54,08% e 54,33%, respectivamente, do total negociado pelas imobiliárias.

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