As vendas de imóveis residenciais novos na capital paulista recuaram 31,3% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior, somando 11.680 unidades, segundo pesquisa divulgada hoje pelo Sindicato de Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Comerciais e Residenciais de São Paulo (Secovi-SP). Em nota, a entidade ressalta a percepção de um novo contexto econômico, completamente distinto do que se apresentava há um ano. “A sinalização de avanço da inflação e consequentes medidas de contenção do crédito contribuíram para o clima de desaquecimento”, diz o sindicato.
Na mesma base de comparação, os lançamentos aumentaram 3%, para 13.992 unidades, conforme dados da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp).
Já o indicador de Vendas sobre Oferta (VSO) alcançou uma média mensal de 13,2% no primeiro semestre. De janeiro a junho do ano passado, o VSO foi de 21,6%.
Junho
No mês de junho foram vendidos 2.716 imóveis novos na cidade de São Paulo, mostrando retração de 19,1% ante um ano antes. Frente a maio, porém, a performance representa expansão de 14,1%.
No período, 80% das vendas ocorreram na fase do lançamento (primeiros seis meses desde a colocação no mercado, período de maior esforço mercadológico).
Conforme a pesquisa, o segmento de dois dormitórios liderou as vendas, concentrando 35,6% do total no mês. O nicho de um dormitório ficou com 29,5% das vendas, superando o de três dormitórios (22,9%).
Ao mesmo tempo, o indicador de Vendas sobre Oferta (VSO) ficou em 16,5%, ante 15,1% de maio e 26,8% apurado em junho de 2010. “Vemos que as vendas agora começam a apresentar um ritmo mais sustentável, após os números exuberantes do ano de 2010”, disse o presidente da entidade, João Crestana.