Venda de computadores deve ultrapassar 10 milhões de unidades em 2007

São Paulo – A venda de computadores no Brasil, principalmente os de uso individual, deve atingir 10,1 milhões unidades em 2007. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), isso significa um aumento de 23% sobre o ano passado.

A entidade estima que somente o comércio de notebooks (computadores portáteis) deve triplicar com a aquisição de 2,1 milhões de  aparelhos – 211% a mais que em 2006.

Um levantamento feito pela Abinee sobre a demanda no primeiro semestre indica que o setor tem se mantido aquecido desde o início do ano, quando o governo federal ampliou os programas de inclusão digital com o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

De janeiro a junho, as vendas no varejo subiram 20% sobre o mesmo período de 2006, com a comercialização de 4,3 milhões de micro-computadores. Mais da metade das vendas ocorreu entre os meses de abril, maio e junho.

No mesmo período, a venda dos computadores portáveis superaram em 156% o volume comercializado em 2006, passando de 170 mil unidades para 365 mil.

"Há um ganho de escala, mais desoneração de tributos", disse o diretor de Informática da associação, Antônio Hugo Valério Júnior.

Segundo ele, esse fator é combinado com a necessidade de o trabalhador ter cada vez mais "maior mobilidade" no exercício profissional, tendo o computador sempre em mãos para desenvolver serviços mesmo estando em casa ou fora de seu local de trabalho.

Ele diz que o crescimento das vendas no primeiro semestre tem várias justificativas, mas está concentrado, principalmente, em dois fatores: nas medidas de incentivo do governo federal, que facilitaram o acesso da população de menor poder aquisitivo, e na queda nos preços dos produtos.

Além disso, afirmou,  houve queda no custo de produção por causa da desvalorização do dólar norte-americano frente ao real. "Como uma boa parte dos componentes de fabricação são importados, com o câmbio favorecido, caiu o custo de produção", disse, acrescentando que a queda tem sido repassada ao preço final dos bens de informática.

Por fim, Valério Júnior disse que é crescente o interesse na produção nacional, fator associado à melhoria no sistema de fiscalização. "Ou seja, na forma de se coibir o contrabando".

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