As vendas de fogões, geladeiras, lavadoras da indústria para o comércio deram marcha à ré no ano passado e caíram pelo quarto ano consecutivo em número de unidades. Nas projeções da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), as vendas dos eletrodomésticos da linha branca somaram 12,9 milhões de unidades em 2016, o menor nível desde 2010, quando as estatísticas começaram a ser compiladas.

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O pico de vendas de geladeiras, fogões e lavadoras ocorreu em 2012, quando foram comercializadas 18,9 milhões de unidades. Esse grande volume de vendas foi resultado de benefícios fiscais concedidos pelo governo aos fabricantes, que reduziram os preços dos eletrodomésticos.

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De lá para cá, as vendas só caíram ano a ano e, em 2016, recuaram cerca de 10% nas projeções do presidente da entidade, Lourival Kiçula. No entanto, há fabricantes que acreditam que a queda pode ter sido maior, da ordem de 20%.

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“Chegamos no fundo do poço e não dá para cair mais”, afirma o presidente da Eletros. Ele explica que as empresas já enxugaram a produção, reduziram o número e funcionários e trabalham hoje com alto nível de ociosidade. “O ajuste já foi feito em 2016”, observa.

Kiçula diz que este ano será um período de recomeço para o mercado de eletrodomésticos. No entanto, ele ainda não enxerga condições objetivas para que ocorra uma melhora. “Estamos torcendo para que haja uma retomada”, diz o presidente da Eletros. No momento, as fichas estão depositadas na redução dos juros e da inflação para injetar ânimo no consumo.