A produção industrial no Paraná segue em alta. Ontem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados de julho da Pesquisa Industrial Mensal (PIM). Na comparação com julho de 2009, o estado aumentou em 18,1% a produção, enquanto o país registrou uma alta de 8,7% para o mesmo período. Foi o segundo melhor resultado dentre todas as regiões pesquisadas, ficando atrás apenas do Espírito Santo com 24,7% de crescimento.

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O setor de Veículos Automotores foi quem puxou a alta estadual com crescimento de 94,4% na produção. “Caminhões e caminhão-trator foram os produtos que mais ajudaram o alcance desse percentual”, informa o economista do departamento de Coordenação de Indústria do IBGE, Fernando Abritta Figueiredo.

No acumulado do ano e nos últimos 12 meses, o estado também superou os números do país. Entre janeiro e julho, cresceu 19,3% contra 15% da média nacional e, nos últimos 12 meses, registrou alta de 12,3% frente aos 8,3% de elevação na produção brasileira.

“Mesmo tendo apresentado um 2009 muito superior ao restante do país, o Paraná continua mostrando índices maiores do que a média nacional”, avalia o economista da Federação da Indústria do Estado do Paraná Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) Roberto Zurchi. “O Paraná se recuperou antes da crise e, no que tange o setor de Veículos Automotores, passou a contar com o incremento nas exportações a medida que os países voltaram a comprar”, aponta. Conforme dados da Fiep, no primeiro semestre deste ano, o setor exportou 15% da sua produção. “A força do mercado interno também não pode ser deixada de lado ao analisar esse crescimento”, acrescenta Zurchi.

Nem tanto

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Na comparação com junho deste ano, porém, enquanto a média nacional subiu para 0,4%, o Paraná teve uma queda no crescimento industrial de 2,9%. O mesmo se notou em junho, quando o índice foi 3,1% inferior a maio. De acordo com Abritta, o recuo se deve, basicamente, a três setores analisados na pesquisa: Produtos Químicos (-13,3%); Refino de Petróleo e Álcool (-12,1%) e Edição, Impressão e Reprodução de gravações (-1,2%). Vale ressaltar que o setor de Edição, Impressão e Reprodução de Gravações, embora tenha recuado somente 1,2% em relação à junho, responde por 8% da produção industrial paranaense. “É uma característica desse setor uma alta volatilidade nos números, dada à sazonalidade da produção”, conta o economista.

O Refino de Petróleo e Álcool, por sua vez, tem um participação de 9,6% nos números da indústria no estado. O setor diminuiu 12,1%, principalmente, pela queda da produção de óleo diesel, gasolina e Gás Liquefeito de Petróleo (GLP).”Assim como deve ocorrer com os próximos índices no âmbito nacional, o Paraná vem apresentando uma leve queda no mês a mês devido a base forte, ou seja, aos altos índices obtidos anteriormente”, observa Abritta.

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