Responsável por 85,7% dos participantes ativos de consórcio, o total de consorciados de veículos automotores cresceu 12,4% em 2012 na comparação com 2011, atingindo a marca de 4,44 milhões de participantes, informou o presidente da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio (Abac), Paulo Roberto Rossi, na manhã desta quarta-feira, ao apresentar os dados do setor referentes ao ano passado. “Os consórcios já representam 12,5% do total de veículos leves vendidos no País e cerca da metade das motocicletas”, ressaltou. Em contrapartida, a venda de novas cotas para imóveis teve retração de 13,8%. Para Rossi, essa queda é um “reflexo” do desaquecimento dessa área em 2012.
A venda de novas cotas de veículos automotores no ano passado cresceu 4,1% na comparação com 2011, chegando a 2,28 milhões. O volume de contemplações – que é o momento que o consorciado pode adquirir o seu bem de posse da carta de crédito – também aumentou 15,4% em 2012 ante 2011.
Considerando apenas veículos leves, o total de participantes aumentou 22,2% (1,87 milhão), a venda de novas cotas 9,3% (881,5 mil) e o número de contemplações cresceu 16,8% (355,6 mil). O valor do tíquete médio foi para R$ 41 mil, 10% a mais que em 2011. O volume de negócios chegou a R$ 37 bilhões.
Já no setor de motocicletas, o total de participantes cresceu 6,3% (2,38 milhões), a venda de novas cotas 1,5% (1,35 milhão) e o número de contemplações cresceu 14,8% (739 mil). O valor do tíquete médio foi para R$ 11 mil, 7,8% a mais que em 2011. A movimentação no setor foi de R$ 14,8 bilhões em 2012.
O setor de veículos pesados, também teve forte crescimento no total de participantes ativos: 9,6%, passando para 200 mil. A venda de novas cotas cresceu 2,9% (54,1 mil) e as contemplações subiram 8,9% (33,2 mil). O valor do tíquete médio foi de R$ 143 mil, 6,8% a mais que em 2011.
Imóveis
O setor de imóveis teve retração de 13,8% na venda de novas cotas em 2012 na comparação com 2011, fechando o ano com 193,2 mil novos consorciados. De acordo com Rossi, essa queda é um reflexo do atual mercado imobiliário nacional.
“Houve queda nas vendas e nos lançamentos de imóveis em 2012. Neste ano (2013), acreditamos em crescimento porque vemos o mercado mais maduro na comparação entre volume de lançamentos e demanda por imóveis, além de uma redução no ritmo de valorização dos imóveis, que deixou o consumidor retraído em 2012”, avaliou. O volume de negócios também teve queda brusca: 16,3%, ficando em R$ 20 bilhões.
Apesar da queda no volume de compra de novas cotas, o número de participantes ativos cresceu 10% em 2012, para 676 mil. O número de contemplações também cresceu: 2,5%, chegando a 74,6 mil. O valor médio do tíquete em 2012 foi de R$ 106 mil, ficando estável na comparação com 2011.
Serviços
O número de participantes ativos nos consórcios de serviços em geral cresceu 37,4% em 2012 ante 2011, atingindo 15,8 mil participantes. A venda de novas cotas cresceu 17,1%, com 12,3 mil unidades. As contemplações aumentaram 44,8% (4,2 mil). O tíquete médio em 2012 foi de R$ 5,4 mil, uma queda de 44,8% com relação a 2011.
Para Rossi, esse é um setor que ainda é pouco explorado dentro dos consórcios, mas que deve apresentar forte crescimento nos próximos anos. “É uma maneira de as pessoas planejarem viagens, e serviços domésticos. A tendência é o aumento, já que cerca de 70% do PIB brasileiro é de serviços”, concluiu.