Uma combinação de fatores importantes levou ao enfraquecimento da economia brasileira em 2011, nas palavras do coordenador da Coordenação de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Roberto Olinto. Segundo ele, resultados desfavoráveis na indústria, principalmente no segmento da transformação; turbulências no cenário internacional e um menor ímpeto no consumo das famílias foram alguns dos fatores que influenciaram o PIB do ano passado.

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No caso do cenário internacional, Olinto lembrou as sucessivas crises nos países da zona do euro no ano passado, além de sinais de alarme na economia norte-americana. Isso, na prática, conduziu a um desempenho menos favorável nas exportações brasileiras que têm a Europa como destino.

No âmbito interno, o especialista lembrou que a economia brasileira, além das incertezas internacionais, teve de lidar com o combate ao avanço de preços, além de possibilidades de impacto cambial na economia doméstica. “Tivemos, então, a economia brasileira tendo que se organizar dentro deste cenário de incerteza internacional”, resumiu.

Entretanto, ele fez uma ressalva. Embora tenha registrado o mais fraco desempenho desde 2004, o consumo das famílias em 2011 foi um dos principais fatores a sustentar positivamente a taxa de crescimento econômico no ano passado. “O Brasil tem, claramente, políticas de renda sustentando isso. E quando temos desaceleração no ritmo da economia, temos consumo mais fraco. Mas é importante lembrar que, no consumo das famílias, tivemos uma desaceleração, não uma queda”, frisou. “Não sei se o mundo está piorando menos. Mas, no Brasil, estamos conseguindo manter um padrão, com uma política em que a demanda interna tem sido o sustentáculo do crescimento”, avaliou.

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