Varig analisa três propostas de compra

A Varig já recebeu pelo menos mais três propostas de grupos interessados em comprar a empresa. A informação foi dada pela presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Graziela Baggio. O conselho curador da Fundação Ruben Berta, controladora da Varig, esteve na sexta-feira envolvido numa verdadeira ?rodada de negociações?. Pela manhã, recebeu os representantes do sindicato e, à tarde, o conselho de administração da companhia. O tema dos encontros foi a análise das propostas encaminhadas à Varig.

Até o final da tarde de sexta-feira, a Varig analisava três propostas: a do empresário Nelson Tanure, a de German Efromovich, controlador de duas empresas de aviação, a colombiana Avianca e a regional Ocean Air e a de um grupo de investidores portugueses, liderados por Maurício Quadrado. Além destes – apesar de não confirmar oficialmente – a Gol corre por fora na disputa pelo controle acionário da companhia.

Há um racha entre os curadores e os membros do Conselho de Administração da Varig. Um grupo prefere o empresário Efromovich. Outra corrente prefere negociar com Tanure e uma terceira vê melhores condições na proposta dos investidores portugueses.

Segundo Baggio, a empresa comunicou ao sindicato ter aceito mais três propostas. ?São outros agentes, mas a gente ainda não está autorizado a falar e isso faz parte da cláusula de confidencialidade?, disse.

Questionada sobre a origem dos novos candidatos a assumir o controle da companhia aérea, Baggio sinalizou que os interessados devem ser majoritariamente brasileiros. ?É um grupo de investidores, mas vale lembrar que grupo estrangeiro só pode ficar com até 20%?, disse.

As novas propostas não foram submetidas à apreciação do sindicato. Segundo Baggio, não houve tempo suficiente para que os curadores analisassem as garantias necessárias para o negócio.

Segundo a presidente do sindicato, a decisão deve sair no máximo, até a próxima semana. O sindicato propôs à fundação que observe critérios como compromisso com o negócio, manutenção de garantias para o fundo de pensão e da qualidade dos empregos.

O sindicato foi comunicado na sexta-feira, oficialmente, da decisão da Fundação Ruben Berta de abrir mão do controle acionário da empresa. Baggio afirmou que o sindicato mantém a proposta de renegociação com três anos de carência e mais 15 anos para o pagamento de dívidas públicas e privadas. ?Precisamos de um prazo factível?, disse.

A escolha feita pelos curadores terá de ser aceita pelo Colégio Deliberante da Fundação Ruben Berta, composto por funcionários da Varig. Trata-se da última instância decisória da fundação, que escolhe os curadores e tem de ser consultada sobre mudança no controle e associações ou venda de participação de companhias controladas pela fundação.

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