As lojas querem voltar a ter freguês, aquele cliente fiel, cujos hábitos de compra são conhecidos do vendedor, só que fazendo uso de alta tecnologia para descobrir o perfil do comprador. Essa é a principal tendência para o comércio identificada na semana passada, durante a mais importante convenção mundial do varejo, a Retail Big Show, promovida pela federação nacional do comércio varejista dos Estados Unidos, (NRF, na sigla em inglês), em Nova York.

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Nos cerca de 60 mil metros quadrados do centro de convenções Jacob K. Javits, onde aconteceu o evento, o cenário parecia contraditório. Enquanto na área reservada aos expositores falava-se em alta tecnologia, coisas difíceis de se imaginar para uma pessoa comum, como provador e carteira virtuais, por exemplo, nas salas reservadas às palestras o ponto alto das discussões era o relacionamento com o consumidor.

Numa das principais seções da qual participaram Walter Robb, copresidente do Whole Foods Market, rede de supermercados dos Estados Unidos voltada para a venda de alimentos orgânicos, e Howard Schultz, presidente da rede de cafeterias Starbucks, chegou-se a falar do “amor nos negócios”. “A relação é o que interessa”, afirmou Robb. “É preciso estabelecer uma conexão individual de confiança com o cliente e humanizar o varejo”, recomendou o presidente da Starbucks.

O desafio hoje, explicou o presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo (Ibevar), Claudio Felisoni de Angelo, é, por meio de softwares e equipamentos de alta tecnologia, conhecer esse consumidor e fazer a oferta certa na hora certa. Isto é, quando esse consumidor está dentro da loja física, ele pode ser conectado pelo celular, via Wi-Fi ou via cartão de fidelidade. Com isso, o varejista faz a oferta certa por meio de mensagem no celular, quando esse cliente, cujo histórico de compras o varejista já conhece para na frente da prateleira de determinado produto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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