O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) no campo negativo – com quedas de 0,17% entre o terceiro e o quarto trimestre de 2013 e de 1,35% em dezembro ante novembro – mostra uma evolução “bastante lenta” da economia brasileira, mas ainda fora de uma ameaça de recessão. A avaliação é do diretor de Pesquisa Econômica da GO Associados, Fabio Silveira.

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“O ritmo de crescimento é baixo por causa de inflação, juro alto, pouco dinamismo do setor exportador e da indústria que não consegue competir bem nos mercados externo e doméstico”, disse. “Mas não defenderia uma recessão, por enquanto, porque temos ‘gorduras’ como varejo, serviços e massa salarial que, mesmo crescendo menos, ainda sustentam o aumento de 2% na economia em 2014 e 2015”, afirmou.

Silveira estima que os setores de varejo e serviços devem avançar de 2,5% a 3% em 2014, a massa salarial ainda crescerá 1% e até a indústria deve ter um fôlego para avançar 1% neste ano. No entanto, esse crescimento é fruto das “glórias do passado” recente, na avaliação de Silveira. Época, segundo ele, em que setores como agronegócio e mineração tiveram receita grande de exportação e, além do saldo na balança comercial, ajudaram na urbanização e no crescimento do interior brasileiro, refletindo na economia.

“Mas houve uma piora do saldo comercial, que caiu de US$ 40 bilhões anuais para zero, o que começa a gerar uma desconfiança de que País não conseguirá voltar a ter saldos positivos, que inflação será difícil de ser dominada, mesmo com juros elevados, e que o nível de atividade não melhorará”, disse. “Portanto, não estamos operando no campo vermelho, mas não estamos longe dele.”

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