A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira, 19, após visita à hidrelétrica de Santo Antônio, em Porto Velho (RO), que o governo vai “cumprir o acordo” com o setor de bebidas e não tem “nenhum interesse” em aumentar a carga tributária sobre o setor “nos próximos dias”.

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“Nós fizemos uma negociação com o setor de bebidas no sentido de que eles iam aumentar o consumo e com isso compensaria, não teria aumento. Agora, a partir da Copa, depois da Copa, vai se ver, mas não se tem nos próximos dias nenhum interesse em fazer (o aumento da carga tributária). Vamos cumprir o acordo com o setor”, disse Dilma, que conversou com jornalistas após visitar as instalações da hidrelétrica.

Conforme antecipou o Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, o governo deve adiar mais uma vez o aumento da carga tributária sobre o setor de bebidas frias – cerveja, água, isotônicos e refrigerantes -, que está previsto para o dia 1º de setembro.

A reportagem apurou que os estudos técnicos da Receita Federal já estão concluídos e apontam para um reajuste médio de 15% no imposto sobre o setor, mas fontes da equipe econômica avaliam que a tendência é haver um novo adiamento para evitar pressões adicionais sobre os índices de inflação, além de um desgaste político às vésperas de eleição presidencial, sem um efeito relevante na arrecadação federal.

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Nas contas da área técnica do governo, a mudança de alíquotas significaria um aumento nas receitas entre R$ 350 milhões e R$ 400 milhões até o fim de 2014, valores considerados baixos para “salvar” a meta de superávit primário.