Após dois meses consecutivos de queda, o valor real da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria reagiu e avançou 1,3% em junho ante maio, já descontados os efeitos sazonais, informou nesta quarta-feira, 19, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Com o resultado, o índice acumula queda de 6,1% no ano (janeiro a junho) e redução de 4,7% em 12 meses. Na comparação em 12 meses, é o resultado negativo mais intenso desde novembro de 2003, quando o valor real da folha de pagamento da indústria acumulava retração de 5,0%.

Em relação a junho de 2014, a folha de pagamento real diminuiu 7,1% em junho deste ano, a 13ª taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto.

Nesta base de comparação, houve perdas em quinze dos dezoito ramos investigados, com destaque para meios de transporte (-17,4%), alimentos e bebidas (-6,3%), máquinas e equipamentos (-10,2%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-14,7%), metalurgia básica (-13,5%), borracha e plástico (-11,4%), produtos de metal (-11,9%), produtos químicos (-4,3%), outros produtos da indústria de transformação (-8,7%), calçados e couro (-8,4%), minerais não-metálicos (-3,3%) e produtos têxteis (-3,6%).

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Por outro lado, indústrias extrativas (18,2%) e refino de petróleo e produção de álcool (15,9%) deram as principais contribuições positivas no total da indústria – ambas influenciadas pelo pagamento de participação nos lucros e resultados em uma importante empresa desses setores.

No segundo trimestre do ano, o valor real da folha registrou queda de 3,2% ante os três primeiros meses do ano, quinta taxa negativa nessa base de comparação. Em relação ao trimestre de abril a junho de 2014, houve recuo de 7,5% neste segundo trimestre.

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