O custo da cesta básica de alimentos diminuiu em fevereiro em 13 das 20 capitais analisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em sua pesquisa mensal. Segundo a instituição, as reduções mais expressivas ocorreram em João Pessoa (-3,96%), Natal (-3,20%) e Campo Grande (-2,98%). Já as maiores taxas positivas ocorreram em Belém (3,37%) e Fortaleza (2,03%).

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Em termos de valores, a cesta mais cara foi a do Rio de Janeiro (R$ 438,36), seguida por São Paulo (R$ 437,33), Porto Alegre (R$ 434,50) e Florianópolis (R$ 425,05). Por outro lado, os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 336,59) e Aracaju (R$ 341,59).

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No acumulado em 12 meses, os preços médios dos alimentos essenciais também caíram em 13 cidades, com destaque para Manaus (-4,90%), Goiânia (-4,25%) e Belém (-4,10%). Entre os locais que registraram aumento, os mais elevados aconteceram em Recife (3,49%) e Rio de Janeiro (3,25%).

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Alimentos

Em fevereiro ante janeiro, houve predominância de queda no preço da carne bovina de primeira, do óleo de soja, café em pó, do feijão, do leite integral, do tomate e da batata coletada no Centro-Sul.

A carne bovina recuou em 16 cidades, ficou estável em Fortaleza e Recife e só aumentou em João Pessoa (0,85%) e Florianópolis (0,89%). A maior queda foi apurada em Belém, de 4,27%. Em 12 meses, a carne acumula taxa negativa em 15 cidades, com destaque também para Belém (-12,49%). “Os frigoríficos evitaram elevar o preço da carne por causa da dificuldade em comercializá-la, devido à menor demanda”, avalia o Dieese.

O valor do óleo de soja mostrou declínio também em 16 das 20 cidades pesquisadas, mas foi em Vitória que a queda foi maior (-3,24%). Já em 12 meses o produto tem variação negativa em todas as cidades, em especial Goiânia (-22,74%).

Em fevereiro, o pó de café diminuiu em 15 das 20 cidades, enquanto o leite, o feijão e o tomate caiu em 14 cidades. Já a batata, pesquisada no Centro-Sul, recuou em nove cidades e aumentou em São Paulo (0,29%) e Goiânia (4,40%).

Salário mínimo

De acordo com o Dieese, utilizando como base o valor da cesta no Rio de Janeiro, que foi a mais cara em fevereiro, o montante do salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.682,67, ou 3,86 vezes o valor estabelecido para 2018, de R$ 954. Em janeiro, essa correlação era de 3,93 vezes, enquanto em fevereiro de 2017 era de 3,90 vezes, considerando o piso mínimo de R$ 937 daquela época.

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, a pesquisa mostra que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em fevereiro, 43,79% do vencimento para adquirir os mesmos produtos que, em janeiro, demandavam 44,21% e em fevereiro do ano passado, 44,25%.