O saldo do Valor Presente da Carteira (VPC) de leasing, em dezembro de 2007, foi de R$ 63,79 bilhões, com crescimento de 87 9% em relação ao mesmo mês de 2006, conforme dados da Associação Brasileira das Empresas de Leasing (Abel). Os novos negócios no ano passado somaram R$ 54,442 bilhões, com alta de 82,64% em comparação com 2006.
O presidente da Abel, Rafael Cardoso, destaca que o ano passado foi "excepcional" para o setor, que apresenta trajetória fortemente ascendente desde 2003. Cardoso afirma que o desempenho se deve a uma conjuntura favorável: "O quadro proporcionou a sedimentação das empresas de leasing e, a cada dia que passa, é notório que os clientes enxergam a opção como vantajosa, por conta da trajetória de queda dos juros brasileiros e do aumento dos prazos das operações, como exemplos", disse.
Para este ano, diz Cardoso, a expectativa é de uma expansão de 25% a 30%, diante de uma base de comparação já bastante elevada, de R$ 63,79 bilhões.
O número tem potencial para se confirmar, segundo ele, diante da expectativa de crescimento da ordem de 4% da economia brasileira desde que não haja grandes choques externos. A saúde financeira da economia norte-americana também é fator de atenção para o setor, embora o presidente da Abel avalie que muito pode ser feito para evitar uma recessão profunda nos Estados Unidos, em iniciativas de autoridades do país e também dos próprios investidores. "Até o momento, no que diz respeito ao segmento de leasing, a crise norte-americana fez muito barulho, mas surtiu pouco efeito", afirmou.
Ano passado, por tipos de bens, a categoria veículos e afins correspondeu a 86,61% dos itens arrendados, seguida por máquinas e equipamentos, com 10%, equipamentos de informática, com 1,28%, e "outros", com 2,11%.