“Queremos ser a maior mineradora do mundo”. Com essa declaração, o presidente da Vale, Roger Agnelli, marcou o evento de estréia das ações da mineradora na Euronext Paris, a primeira empresa brasileira listada na Bolsa francesa.
Há grande expectativa em relação à estratégia de aquisições da Vale, que acaba de levantar cerca de US$ 12 bilhões com uma oferta global de ações. Entre os possíveis alvos da Vale, estão a americana Freeport McMoran, a chilena Antofagasta, a mineradora Anglo American e a anglo-suíça Xstrata. Porém, Agnelli não quis fazer nenhum comentário sobre o assunto. “É horrível estar em período de silêncio em um momento tão excitante como este”, afirmou durante o evento, referindo-se à regra imposta pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). “Não posso falar nada”, disse.
Segundo o executivo, atualmente a Vale “ainda” é a segunda maior mineradora do mundo, além de ocupar a primeira posição no ranking das empresas privadas no Brasil. Ele classificou como “muito bom” o resultado da captação da companhia. Na verdade, a Vale levantou menos do que o previsto, em meio à turbulência externa. O objetivo era captar US$ 15 bilhões – ainda falta o lote suplementar que pode ser exercido pelo banco coordenador. “Infelizmente, o mercado…”, disse Agnelli, sem completar a frase, mas referindo-se à situação criada pela crise de crédito nos Estados Unidos.