Vale investe em inovações para a área de logística

Operar ferrovia na Vale não é mais uma operação tão árdua como no passado. Depois de muita pesquisa e investimentos, a empresa conseguiu tirar os maquinistas de dentro dos trens e, assim como acontece com os pilotos de avião, treiná-los em um simulador tridimensional. A tecnologia é mais segura e economiza tempo e dinheiro, segundo o diretor de Operações Logísticas, Humberto Freitas. Todos os 540 maquinistas da Vale serão treinados no novo equipamento. Na frente da tela, ele enfrentará situações como a de chuva forte, animais na pista e subidas acentuadas. “O minério é uma commodity com valor agregado muito baixo. Precisamos buscar eficiência o tempo todo, principalmente nos detalhes”, explica Freitas.

De acordo com Gustavo Mucci, gerente de Inovação e Desenvolvimento Ferroviário, a principal diferença no simulador é a tecnologia, toda personalizada – tem os vários traçados usados pela Vale, maior operadora de ferrovias do País. O projeto foi desenvolvido em parceria com a Universidade de São Paulo (USP).

No momento, a Vale está com outras duas novidades tecnológicas em logística, num investimento total de R$ 60 milhões. Uma delas é a locomotiva “helper”, como é chamada, que ajuda o trem nos trechos de subida. O equipamento é engatado no trem ainda em movimento e ajuda na economia de combustível, na redução de poluentes e do tempo de viagem. Por enquanto, a helper é usada no trecho da Ferrovia de Carajás, no Norte do País. Na ferrovia, de 892 quilômetros, por onde passam 330 vagões (o maior trem do mundo), há 140 quilômetros de rampas.

Para enfrentar esses trechos de subida, além de o maquinista reduzir a velocidade, é preciso esperar para que uma locomotiva, estacionada no local, reforce a tração na subida. Agora, com o novo equipamento, a economia é de 35 minutos em toda a operação, porque não é mais preciso parar o trem. “A eficiência energética é o principal diferencial. A economia de diesel é de 5%. Só em Carajás usamos 150 milhões de litros por ano, ou seja, deixaremos de usar anualmente 7,5 milhões de litros a partir de agora”, explica o gerente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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