A Companhia Vale do Rio Doce estuda criar uma empresa de transporte marítimo, para diminuir os problemas enfrentados hoje por seus clientes – dada a carência de navios disponíveis para a entrega de minério de ferro. A informação foi dada nesta sexta-feira (26) pelo diretor executivo de Finanças da mineradora, Fábio Barbosa, que não quis adiantar se a nova companhia será exclusivamente da Vale ou se haverá um parceiro no negócio. Ele adiantou, porém, que a subsidiária de frete seria dedicada ao transporte de produtos entre o Brasil e a China.
Entre os potenciais interessados em uma eventual parceria estariam siderúrgicas estrangeiras que compram minério da Vale. A empresa vende hoje 100 milhões de toneladas de minério para a Ásia, o que representa um terço das transações totais.
Barbosa lembrou que o tema esbarra em uma questão geográfica. Isso porque grande parte das vendas vai para a Ásia, especialmente a China, destino bastante demorado (em média, 45 dias de viagem). Com isso, os navios ficam ocupados por mais tempo, o que reduz a oferta de embarcações disponíveis para contratação.
A Vale financia atualmente a construção de cinco grandes navios graneleiros para atender à sua produção. Além disso, ainda tem em sua carteira três embarcações herdadas da antiga Docenave.