A campanha de vacinação contra febre aftosa realizada no Paraná, em maio, atingiu 96% do rebanho de bovinos e bubalinos do Estado. Nessa campanha, foram vacinados apenas os animais de zero a 24 meses, que somam 4,27 milhões de cabeças no Estado. A cobertura atingiu 4,1 milhões de animais nessa faixa etária.
Para o chefe da Divisão de Sanidade Animal (DSA), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, Claudio Sobezak, o índice é considerado satisfatório, mas poderia ter sido ampliado. O resultado deste ano está levemente inferior ao obtido no mesmo período do ano passado, quando a campanha de vacinação também foi restrita aos animais jovens e o resultado foi 96,59%.
“A cobertura foi comprometida pela falta de vacinas no comércio dos municípios menores e em regiões onde o volume de bovinos e bubalinos não é expressivo”, justificou Sobezak. Para ampliar o número de animais vacinados, os médicos veterinários da Secretaria percorrem as propriedades para orientar produtores a concluirem as vacinações.
Total
Sobezak destacou, porém, que nas regiões onde predomina a pecuária de corte comercial, como Paranavaí, Umuarama, Maringá e Londrina, os índices de cobertura ficaram acima de 99%, considerados satisfatórios para os objetivos da Secretaria.
Esse foi o segundo ano consecutivo em que a campanha de vacinação se restringiu aos animais jovens e o comércio foi mais cauteloso na encomenda das doses de vacinas junto à indústria para evitar sobras. Esse também foi um dos motivos que obrigou a Secretaria a prorrogar a campanha de maio até 12 de junho. “Mesmo assim, algumas casas comerciais dos pequenos municípios não encomendaram mais vacinas e o criador não teve como vacinar seu gado”, explicou Sobezak.
A redução na encomenda de vacinas por parte do comércio também foi verificada na primeira etapa da campanha de vacinação contra febre aftosa realizada em maio do ano passado, que também foi parcial. A situação verificada esse ano, praticamente repetiu o que houve em 2009, ou seja, falta de vacinas nos municípios pequenos e em embalagens menores, de apenas 1 a 10 doses cada, destinada aos produtores com poucas cabeças de gado na propriedade.
Para Sobezak essa foi uma reação do comércio desde que a Secretaria anunciou o início do processo de obter a declaração de área livre de febre aftosa sem vacinação no Paraná. O chefe da DSA destacou que o Estado está fazendo todos os esforços para que, num futuro breve, possa ter esse reconhecimento por parte do Ministério da Agricultura, mas a Secretaria estadual ainda está em fase de cumprimento das metas que foram estabelecidas.