A campanha de vacinação contra a febre aftosa atingiu entre 90% e 98% das 183 milhões de cabeças do rebanho bovino brasileiro em 2003. Nos 14 estados reconhecidos como livres da doença, a imunização chegou a 94,9%, segundo dados do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
As ações de defesa sanitária desenvolvidas pelo Mapa permitirão o reconhecimento, até maio deste ano, de 92% do atual rebanho como livres da doença com vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Até 2005, todo o rebanho brasileiro será reconhecido como livre de aftosa. O certificado da OIE funciona como uma espécie de passaporte para a abertura de novos mercados para a carne brasileira no exterior.
Desde 18 de julho de 2001, o Brasil não registra a ocorrência de febre aftosa. Mesmo nas regiões Norte e Nordeste, ainda consideradas de risco para a doença. O diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Mapa, Rui Vargas, diz que a recente declaração dos rebanhos do Acre e de 43 municípios do sul do Pará como livres da doença auxiliará no aumento das exportações em 2004.
Frango
Na última quarta-feira (28/01), o Comitê Veterinário da União Européia reduziu as inspeções sobre a carne de frango brasileira para identificação de resíduos de nitrofuranos, um grupo de antimicrobianos proibidos no bloco e no Brasil. A partir de 20 de fevereiro, apenas 20% das cargas serão testadas nos portos europeus. Antes, 100% passavam pela avaliação. “Isso reduz significativamente os custos para os exportadores brasileiros”, afirma. A inspeção submete as cargas a um teste que demora 14 dias e custa US$ 300.