O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza, afirmou hoje que a sanção do presidente Lula ao reajuste de 7,72% às aposentadorias acima de um salário mínimo não levou em conta o ano eleitoral. Ele disse que antes da reunião de hoje para definir o reajuste, o presidente já tinha dito que a orientação clara era de que a eleição não influenciaria na decisão que seria tomada. Segundo o líder, que participou da reunião com o presidente e ministros, o que pesou na decisão foi o fato de a equipe econômica considerar a possibilidade de cortar R$ 1,6 bilhão do orçamento para compensar esse reajuste, e a dificuldade de uma nova Medida Provisória ser aprovada pelos deputados com índice menor do que os 7,7% de reajuste.
Nas negociações na Câmara, Vaccarezza defendeu um aumento de 7%, mas acabou derrotado na queda de braço com o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), que negociou com os senadores o índice de 7,72%. “Cumpri o meu papel e vou continuar cumprindo. Vou dar o melhor de mim para aprovar o que o governo enviar. Para mim não muda nada. Vou encaminhar a posição do governo com o mesmo afinco” afirmou. Vaccarezza lembrou que quando foi contra os 7,72% de reajuste foi em defesa da posição do governo naquele momento.