Rio – A partir de 6 de julho, cerca de 28,7 milhões de usuários de celular terão que escolher uma operadora para completar suas ligações de longa distância, como já acontece na telefonia fixa. Com a mudança, que atingirá os clientes da maior parte das empresas da Banda A e da Banda B (no Rio, a Vivo e a ATL), aumentará a concorrência, o que deve provocar uma queda nos preços nas chamadas DDD e DDI, de acordo com o mercado e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Hoje, quando os usuários da Vivo e da ATL fazem uma ligação de longa distância, é a própria operadora de celular que escolhe a prestadora, depois de negociar com elas o preço. A mudança acontecerá devido à migração das operadoras do Sistema Móvel Celular (SMC) para o Sistema Móvel Pessoal (SMP). Atualmente, cerca de 2,7 milhões de usuários da Oi e da TIM já escolhem a prestadora. Isso acontece porque as duas empresas já operam no SMP.
Pelas regras, durante 120 dias a partir de 6 de julho, será possível completar as ligações das duas maneiras. Ou seja, com ou sem a digitação do código da operadora de longa distância. A mudança para o novo sistema será gradual, para evitar os problemas que aconteceram quando foram implementados os códigos nas ligações originadas em telefones fixos.
? O usuário já está mais acostumado porque usa os códigos na telefonia fixa. Além disso, o prazo evitará os transtornos ? disse o superintendente de Serviços Privados da Anatel, Jarbas Valente.
Outra mudança importante, segundo Valente, é o fato de o número das áreas de tarifação cair de 512 para 67. Como as chamadas entre localidades com o mesmo DDD serão consideradas locais e não interurbanas, isso reduzirá os custos ao consumidor.