A China deu autorização para o uso no país do chamado Credit Default Swap (CDS), um derivativo de crédito que protege contra calote. Com isso, o país sinaliza uma maior disponibilidade para permitir que as forças do mercado lidem com o crescente número de companhias que não têm saldado suas dívidas.

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A decisão significa que os investidores chineses terão pela primeira vez a possibilidade de comprar produtos como os CDS, que se tornaram controversos em países do Ocidente durante a crise global financeira por causa da maneira como seu uso extensivo poderia ter impulsionado riscos financeiros não aparentes.

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A Associação Nacional de Investidores Institucionais do Mercado Financeiro, um órgão do setor apoiado pelo Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês), anunciou o estabelecimento de quatro tipos diferentes de “instrumentos de mitigação de risco de crédito” e divulgou as diretrizes para cada um deles nesta sexta-feira. O Wall Street Journal informou no mês passado que autoridades chinesas consideravam dar esse passo.

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Os reguladores chineses esperam que produtos como o CDS, que paga se o emissor de um bônus ou um empréstimo entre em default, se tornará popular entre investidores no mercado de bônus de US$ 8,5 trilhões do país. O instrumento pode reduzir o peso sobre Pequim para ajudar companhias em dificuldade financeira.

Houve 45 defaults, totalizando cerca de 26,81 bilhões de yuans (US$ 4,02 bilhões) no mercado de bônus doméstico da China neste ano, já superando os 20 defaults, no total de 12 bilhões de yuans, em todo o ano de 2015.

A entidade também divulgou um instrumento complexo novo, chamado notas vinculadas ao crédito, um produto que permite aos investidores tanto ganhar juros sobre as notas como seguro contra default. Em nota, a associação disse que a intenção das novidades é “aperfeiçoar o mecanismo do spread de risco e o compartilhamento de risco”. Fonte: Dow Jones Newswires.