Já foram iniciados os testes eletromecânicos para ajustes e sincronização ao sistema elétrico interligado da segunda unidade geradora da Usina Fundão, hidrelétrica com potência de 120 megawatts construída no Rio Jordão, entre os municípios de Pinhão e Foz do Jordão, inaugurada recentemente.
A expectativa da Elejor, Centrais Elétricas do Rio Jordão, subsidiária da Copel que detém a concessão do aproveitamento, é de que, até o final deste mês, a unidade esteja liberada para operar comercialmente. Isso significará adicionar 60 megawatts de potência às disponibilidades da Copel ou o suficiente para atender a uma cidade de 150 mil habitantes.
?Os testes estão avançando de acordo com a programação e com ótimos resultados, reforçando nossa expectativa de completar a motorização de Fundão ainda neste mês?, informou o presidente da Elejor, Sérgio Luiz Lamy.
Ele destacou que a entrada em funcionamento do segundo e último grupo gerador da usina antecipará em quase três meses o prazo estabelecido no contrato de concessão assinado com a Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica. ?Estamos dando uma demonstração de agilidade empresarial e eficiência técnica?, sublinhou Lamy. ?A liberação da potência plena da usina bem antes da data limite contribuirá para aumentar a confiabilidade operacional de todo o sistema elétrico?.
A pequena central hidrelétrica (PCH) incorporada à barragem de Fundão com potência de 2,5 megawatts deve começar a operar no final do mês de agosto.
Complexo
A Usina Fundão faz parte de um complexo hidrelétrico localizado na região centro-sul do Paraná que é integrado, ainda, pela Usina Santa Clara também com 120 megawatts de potência e sua PCH de 3,4 megawatts. Santa Clara, situada entre os municípios de Candói e Pinhão, ficou pronta no ano passado e foi oficialmente inaugurada no dia 30 de setembro.
O conjunto totaliza 245,9 megawatts de potência, capacidade suficiente para satisfazer a demanda de uma cidade com aproximadamente 600 mil habitantes, e, na sua construção, estão sendo investidos R$ 500 milhões, valor que inclui a implantação e execução de 33 programas sociais e ambientais recomendados pelo Relatório de Impactos Ambientais do empreendimento.
A concessão para sua construção e exploração pertence à Elejor, empresa formada pela associação de capitais públicos e privados e que é controlada pela Copel desde outubro de 2004, quando a estatal passou a ter 70% das ações. A Paineiras Participações, grupo investidor paranaense, é o sócio privado com 30% do capital.
Toda energia produzida nas usinas principais do complexo pertence à Copel, destinando-se ao atendimento do seu mercado cativo que é formado por quase 3,3 milhões de unidades consumidoras. Já a produção das pequenas centrais hidrelétricas incorporadas às duas barragens é comercializada no mercado livre. (AEN)