Uma das fases mais importantes de implantação da segunda nova unidade geradora de Itaipu foi concluída ontem, terça-feira. O rotor, uma peça de 1.760 toneladas com 16 metros de diâmetro e 3,5 metros de altura, desceu ao poço da unidade 18A. Isso significa que a montagem está praticamente no final, faltando apenas a instalação do eixo superior, da cruzeta superior e o fechamento da máquina para terem início os testes de eficiência operacional.
A primeira das duas novas unidades, a 9A, já começa a gerar energia, durante a fase de testes de confiabilidade, em setembro. A unidade 18A, cerca de 30 dias depois – em outubro. Com isso, a potência instalada de Itaipu saltará dos atuais 12.600 megaWatts (MW) de suas 18 unidades geradoras, para 14.000, com as 20 unidades.
A inauguração oficial ainda não está marcada, mas no ano que vem os contratos de Itaipu com o setor elétrico brasileiro já irão prever a venda de energia fixa (garantida) incluindo a produzida pelas novas unidades.
Fase atual
O término da montagem de uma unidade geradora não significa que ela começa a produzir energia em seguida. A unidade entra num processo chamado comissionamento final, que inclui testes dinâmicos para comprovar a eficiência do equipamento, e depois já gerando energia.
A unidade 9A iniciará os testes com transmissão de energia em setembro. Para ser recebida provisoriamente por Itaipu, já que a montagem é feita por um consórcio de empresas (o Ceitaipu), a unidade deverá funcionar 45 dias sem interrupção e sem apresentar defeitos. A partir daí, poderá ser disponibilizada para os sistemas elétricos brasileiro e paraguaio.
A aceitação final da unidade geradora – conforme estabelecido no contrato com o consórcio que construiu e instalou – será no final do período de garantia, que é de 36 meses. A Unidade 18A passará por este mesmo processo de aceitação, cerca de 30 dias depois.