Apesar dos tempos difíceis no mercado de planos de saúde, a Unimed Curitiba tirou vantagem da característica de cooperativa e retomou o crescimento no ano passado. A operadora de saúde fechou 2005 com ganhos da ordem de R$ 530 milhões, um aumento de 26% no faturamento, que possibilitou reajustes nos honorários médicos, há muito defasados – em outubro do ano passado, as consultas passaram a R$ 33,60, totalizando quase 20% de reajuste. E, no cálculo das receitas menos despesas, sobraram R$ 5 milhões para distribuição entre os cooperados.
Segundo o presidente Robertson D?Agnoluzzo, o motivo do crescimento foi a reestruturação da gestão administrativa e investimento em tecnologia da informação, além do apoio cooperativista.
Hoje a cooperativa médica possui 60% da participação no mercado de planos de saúde em Curitiba e está em quarto lugar entre as Unimeds do País. E, com isso, atesta que cooperados e clientes devem colher os frutos. Os primeiros – que totalizam 3.700 entre Curitiba e Região Metropolitana – obtiveram repasses há muito esperados com a sobra de R$ 5 milhões no orçamento. Além disso, o reajuste no valor das consultas em outubro do ano passado superou o usual, que era em média de 5%. ?Estamos pagando o valor mais alto do mercado aos médicos?, garante D?Agnoluzzo. Ao que o diretor secretário-geral do Conselho de Administração, Sérgio Ioshii, acrescenta: ?A previsão é de evolução ainda mais significativa deste valor nos próximos meses?.
O crescimento significou, ainda, aumento de 15% no número de clientes – passaram de 318 mil em 2002 para em média 370 mil este ano. As adesões aconteceram pelo investimento em mais opções de planos e porque, de acordo com o presidente, os preços oferecidos estão mais competitivos. ?Além disso temos o projeto autorizador, que deve acabar com as filas fazendo os agendamentos on-line?, adianta. A rapidez no atendimento, acreditam os dirigentes, deve angariar crescimento ainda maior para 2006, principalmente devido à importação de clientes que a Unimed da capital agrega. Pelo menos um quarto dos pacientes vêm de fora para serem atendidos em Curitiba, concentrando mais atendimentos da população do interior no próprio Estado e evitando a migração para outras capitais, principalmente São Paulo. (Lígia Martoni)