Unificação da Copel completa um ano e meio

Desde o primeiro dia do mandato do governador Roberto Requião, a unificação da Copel foi definida como um desafio que a nova gestão deveria empreender. Com a decisão, interrompeu-se o processo de desverticalização que há oito anos vinha sendo articulado, desmembrando uma história de 42 anos. A Copel completa 50 anos este ano.

Os passos iniciais rumo à unificação foram dados já nas primeiras reuniões de diretoria ainda em 2003. Os diretores que assumiram a holding passaram a responder pelas diretorias das cinco empresas subsidiárias (geração, transmissão, distribuição, telecomunicações e participações). Essa unificação foi desenvolvida com a participação direta de mais de 500 empregados. O trabalho incluiu desde a revisão da missão e dos valores da Copel, até o planejamento empresarial. “Tivemos que reconstruir a Copel, e o mais difícil disso tudo foi acabar com a separação interna”, disse Gilberto Griebeler, diretor de Gestão Corporativa. Os empregados, separados e atuando em subsidiárias diferentes, haviam fortalecido as novas marcas e assumiram a identidade das empresas que surgiram. “Entramos a tempo de resgatar a identidade da empresa e iremos comemorar o cinqüentenário sob a mesma bandeira”, afirmou Griebeler.

Sobreviventes

Em abril deste ano, Copel e Cemig uniram esforços pela manutenção de seus interesses. Duas últimas estatais que possuem o processo verticalizado de produção de energia no país (geração, transmissão e distribuição), sobreviveram à onda de privatizações que assolou o País. O interesse da ação conjunta das duas empresas converge para um assunto que atinge única e certeiramente as empresas estatais: a impossibilidade de acesso a linhas de financiamento de longo prazo ofertadas pelo BNDES, devido a resoluções do Bacen que criaram regras de contingenciamento de crédito ao setor público. Essa restrição não afeta as empresas privadas. A ação conjunta das duas empresas busca conseguir o mesmo tratamento dado às empresas privadas.

Voltando aos eixos

Todas as ações desenvolvidas dentro deste alinhamento com o governo do Estado são reflexos de um esforço envolvendo toda direção da empresa e o governador Roberto Requião, que de imediato restabeleceu metas e diretrizes que contemplassem os interesses do povo do Paraná, por meio de vários programas subsidiados, apoiados ou executados pela Copel. O presidente da Copel, Paulo Pimentel, credita a boa imagem que a empresa vem desfrutando, com o recebimento de prêmios em todo o país e até com o reconhecimento de terceira empresa com maior credibilidade, mais respeitada do mundo, ao rumo acertado e às ações integradas da atual gestão. “Não fosse a atuação decisiva do governador, intenção de manter a empresa unificada e o empenho dos empregados que prontamente responderam, a Copel não seria hoje a empresa que presta serviço com qualidade, conseguindo reverter o prejuízo do ano de 2002 em lucro no ano passado”, analisou Pimentel.

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