A União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) divulgou nota nesta terça-feira,2, na qual se diz “frustrada” e “decepcionada” com a decisão da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês) de reduzir as metas de utilização de biocombustíveis no país. Ainda assim, os volumes de importação de combustíveis renováveis projetados para 2015, superiores aos de 2014, e as projeções para 2016, bem acima das de 2015, foram considerados satisfatórios pela Unica. “Essa demanda abre portas para o acesso permanente dos Estados Unidos ao etanol de cana-de-açúcar brasileiro, cuja participação ainda é modesta, mas tem capacidade para suprir o mercado norte-americano”, comenta, na nota, a presidente da Unica, Elizabeth Farina.

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A EPA reconhece o etanol brasileiro como um biocombustível avançado, já que reduz os gases de efeito estufa em mais de 60% em relação à gasolina. Nos últimos três anos, o Brasil exportou mais de 1 bilhão de galões, ou aproximadamente 4 bilhões de litros de etanol para os EUA. Nesse período, o combustível brasileiro representou apenas 2% de todo combustível renovável consumido pelos norte-americanos, mas equivaleu a quase 15% de toda a oferta de biocombustível avançado dos EUA.

Pela proposta apresentada na semana passada pela EPA, o uso de combustíveis renováveis no país em 2015 deve ser de 16,3 bilhões de galões, 4 bilhões de galões a menos ante o que diz o Padrão de Combustíveis Renováveis (RFS) de 2007. Desse total, 2,90 bilhões de galões devem ser de biocombustíveis avançados. Para o ano que vem devem ser consumidos 17,4 bilhões de galões de combustíveis renováveis, abaixo também dos 22,25 bilhões de galões definidos em 2007.

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