O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, apresentou hoje, durante audiência na Câmara dos Deputados, simulações sobre o quanto pode aumentar a participação acionária da União na estatal com a operação de capitalização que está sendo proposta no âmbito do novo marco regulatório do pré-sal. Segundo cálculos da Petrobras, se a adesão dos minoritários à oferta for equivalente a apenas 10% do que eles têm direito a comprar, o aumento de participação da União poderá ser de 4,7 pontos porcentuais a 17 pontos porcentuais.

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“Se os minoritários não exercerem todo o seu direito, o governo aumenta sua participação em um montante que deve ser de, no máximo, 17 pontos porcentuais”, comentou Gabrielli, durante audiência pública da Comissão Especial da Câmara que analisa a capitalização da empresa.

Hoje, a União detém 32,1% do capital total da Petrobras. Se o aumento de participação for de 17 pontos porcentuais, a fatia da União deverá subir para 49,1%. Essa conta, porém, não leva em conta a participação detida pelo BNDESPar (que pertence 100% ao governo federal). O BNDESPar possui hoje 7,7% do capital da Petrobras e também terá direito a aumentar sua participação na capitalização.

Gabrielli apresentou ainda outros cenários da capitalização. No caso de a adesão dos minoritários ser de 30%, a participação da União poderá subir 2,7 pontos porcentuais a 9,8 pontos porcentuais. Com uma participação dos minoritários de 50%, o aumento da fatia da União seria de 1,5 ponto porcentual a 5,6 pontos porcentuais. Se a adesão dos minoritários chegasse a 70%, a União aumentaria sua quantidade de ações em uma taxa que iria variar de 0,8 ponto porcentual a 2,8 pontos porcentuais. No caso de uma adesão de 90%, o acréscimo da União iria de 0,2 ponto porcentual a 0,8 ponto porcentual. Por fim, se a adesão dos minoritários chegasse a 100%, a participação da União não mudaria.

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