União fiscal independe de eurobônus, diz BC alemão

O presidente do Banco Central da Alemanha, Jens Weidmann, disse hoje que os eurobônus somente serão possíveis se a soberania fiscal for abandonada. Segundo ele, o caminho para uma união fiscal é longo e difícil, mas os eurobônus não são necessários para iniciar essa união fiscal.

Os eurobônus, que substituiriam os bônus emitidos por cada país, são criticados pela Alemanha, segundo a qual eles não podem ser cogitados até que a União Europeia como um todo siga regras rígidas sobre o equilíbrio das finanças públicas. O governo alemão acredita que os eurobônus, na prática, significariam que o país teria de ajudar membros mais fracos do bloco (como Grécia, Portugal e Irlanda) a conseguir financiamentos mais baratos, permitindo que eles mantenham suas contas desajustadas.

Também membro da diretoria do Banco Central Europeu (BCE), Weidmann afirmou que a zona do euro precisa de uma estrutura baseada na responsabilidade e no compromisso. “É crucial ajustar a estrutura institucional da união monetária para que ela gere responsabilidade, compromisso e monitoramento no equilíbrio correto”, disse ele em seu discurso.

Weidmann avaliou ainda que a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) é uma medida apropriada para lidar com a crise, porém demonstrou preocupação com a falta de coerência na resposta aos problemas financeiros. Afirmou que é crucial a implementação de medidas de curto prazo para lidar com a crise. As informações são da Dow Jones.

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