Estados Unidos e Europa vão levar à Conferência do Clima (COP-13), em Bali, na próxima semana, uma proposta para eliminar tarifas de importação para produtos ambientais na Organização Mundial do Comércio (OMC). A idéia seria promover tecnologias que possam mitigar a degradação. Mas os países ricos se recusam a incluir o etanol nessa proposta e apresentaram uma lista de 43 bens, que se beneficiariam da isenção de impostos. Para o Brasil que sofre tarifas para exportar o produto, seria ?inaceitável? a exclusão do biocombustível. Outras formas de energia alternativa, como solar e eólica, estão incluídas.

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Ontem, negociadores do governo brasileiro já estiveram reunidos em Genebra para tratar da nova proposta dos países ricos e não deixaram de criticar a iniciativa. Outros países emergentes também atacaram a proposta. Mas tanto Washington como Bruxelas se negam a discutir o assunto, alegando que primeiro precisam fortalecer seus produtores locais antes de abrir para que concorram contra os produtos brasileiros.

O projeto prevê o fim de barreiras para 43 bens com ?claros benefícios ambientais? a partir de 2013. Para isso, usariam uma lista elaborada pelo Banco Mundial que inclui painéis solares, termostatos, membranas de polietileno para não filtrar lixo ao solo, turbinas hidráulicas e tecnologia eólica. O mercado global para bens ambientais chega a US$ 550 bilhões por ano e os europeus dominam um terço desse mercado.

O embaixador Roberto Azevedo contou que o Brasil está preparando um documento que levará a Bali para pressionar que os países ricos não usem argumentos ambientais para tentar frear o fluxo comercial.

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