Os técnicos europeus da União Européia (UE) que chegaram ao Rio Grande do Sul devem visitar seis fazendas gaúchas entre segunda e terça. Os nove técnicos devem se dividir em três grupos para a inspeção. Na quarta-feira desta semana (dia 12), os europeus devem seguir para Brasília, onde se reunirão, até o fim da semana, com técnicos da Secretaria de Defesa Agropecuária, para apresentar um balanço preliminar da visita.
Um relatório oficial será elaborado em Bruxelas, na sede do bloco econômico europeu, e encaminhado ao Brasil em um prazo máximo de 45 dias, disse uma fonte do governo. A data da reunião em Brasília ainda não foi definida, mas a previsão inicial é que os europeus fiquem no Brasil até esta sexta-feira (dia 14).
Desde o começo do mês, quando chegaram ao País, os europeus visitaram fazendas de pecuária de corte do Goiás, Mato Grosso, Espírito Santo e Minas Gerais, nessa ordem. O Rio Grande do Sul é o último estágio da visita de campo. Santa Catarina também faz parte da área habilitada para exportação, mas como não há frigoríficos catarinenses credenciados para a venda de carne para o bloco, os europeus optaram por não visitar fazendas locais. A inexistência de frigoríficos não impede que os pecuaristas catarinenses vendam animais para frigoríficos credenciados dos demais Estados. No total, 11 propriedades gaúchas estão na lista de fazendas aptas a fornecer animais para os frigoríficos que abastecem o bloco.
Desde o início da visita, os europeus, em comum acordo com técnicos do Ministério da Agricultura, resolveram cortar fazendas da última lista elaborada pelo governo. Das 106 fazendas, sete foram cortadas porque os europeus detectaram deficiências no Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov), o sistema de rastreabilidade.
A lista encaminhada a Bruxelas no começo do mês é a terceira elaborada pelo Brasil. Em fevereiro deste ano, o bloco suspendeu as importações de carne bovina brasileira após autoridades européias e brasileiras não conseguirem chegar a um acordo sobre o número de fazendas que poderiam receber certificação para vender o produto ao bloco. O Brasil indicou cerca de 2,6 mil propriedades das 10 mil que estão registradas no País. A União Européia, porém, quer restringir esse número a apenas 300.