A União Européia vai aumentar a ajuda destinada aos alimentos para os mais pobres do continente, para ajudá-los a lidar com a disparada dos preços, segundo o presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso. Os comentários foram feitos depois que líderes europeus se encontraram para discutir sobre os preços dos alimentos e do petróleo, que se tornaram uma fonte crescente de descontentamento popular dentro do bloco.
Citando "um novo tipo de pobreza" na Europa, Barroso afirmou que a UE irá aumentar sua ajuda anual para a área de alimentos para 500 milhões de euros, de 300 milhões de euros. A UE também irá criar um fundo para ajudar produtores no mundo em desenvolvimento, embora o tamanho do fundo ainda não tenha sido decidido. "Esta é uma questão de solidariedade", disse ele.
Barroso também citou outras propostas que a UE poderia adotar para lidar com os preços elevados do petróleo, incluindo taxas sobre os lucros de empresas petrolíferas e inspeção maior sobre os operadores de petróleo. "A Comissão Européia sugeriu trabalhar com estas propostas, incluindo medidas fiscais", declarou o presidente francês, Nicolas Sarkozy, em entrevista à imprensa. Sarkozy propôs limitar as taxas de vendas de combustível para diminuir o impacto dos preços elevados do petróleo.
Outros países da UE, como Reino Unido e República Tcheca, argumentam que a política de tarifa não deveria ser usada como uma resposta para os preços elevados do petróleo.
De acordo com Barroso, o melhor jeito no longo prazo para lidar com os preços aquecidos de energia é a proposta da UE para restringir a emissão de dióxido de carbono e aumentar o uso de fontes de energia renovável, incluindo biocombustíveis. Críticos no entanto, vêm apontando a produção de etanol de milho como responsável pelo aumento dos preços dos alimentos.
