É possível tornar-se luthier aprendendo o ofício diretamente com um profissional da área, como uma relação entre “mestre e aprendiz”, ou também em escolas voltadas ao ensino da atividade. Na capital paulista, a Bh Luthieria é uma delas. Este ano, a escola completa 20 anos, mostrando que o ofício sobreviveu às diferentes crises econômicas do País.
Sócio-fundador, Henry Ho conta que após passar dez anos no Japão atuando na linha de frente de grandes marcas do segmento de instrumentos musicais, voltou ao Brasil e, em uma conversa com o amigo e futuro sócio Marcio Benedett sobre as possibilidades de atuação como luthier no Brasil, decidiu fundar a escola. “Percebemos que era uma modelo de negócio dentro da luteria que ainda não tinha sido explorado. Hoje, temos ex-alunos que atuam em Portugal e Alemanha, por exemplo”, conta.
Atualmente, a escola possui 180 alunos divididos em cursos básicos, de afinação e consertos, e em cursos mais complexos, como a fabricação de violões. Há, ainda, um programa com foco em materiais eletrônicos, como pedais para guitarras. Os módulos básico e intermediários custam R$ 270 por mês e o de construção de violão e de efeitos eletrônicos têm mensalidade de R$ 300.
Em 2009, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) abriu espaço para o ensino da luteria. Com duração mínima de seis semestres e máxima de dez, o curso é administrado em período integral. Os alunos têm como disciplinas desde história da arte e identidade musical regional e da América Latina até os módulos práticos, como construção e entalhe.
Matérias relacionadas às ciências exatas também fazem parte da grade curricular, como desenho técnico. São 30 vagas ao ano que devem ser preenchidas por meio do vestibular da universidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.