A União Europeia anunciou na madrugada de hoje, em Bruxelas, a criação de um fundo, chamado por ora de “mecanismo de estabilização”, no valor total de 500 bilhões de euros. O dinheiro será usado para combater crises sistêmicas na zona do euro (que reúne os 16 países que adotam o euro como moeda) e nos países do bloco que ainda adotam moedas nacionais. A esses recursos poderão ser adicionados 250 bilhões de euros do Fundo Monetário Internacional (FMI), totalizando 750 bilhões de euros.
O anúncio foi feito após uma maratona de 11 horas de negociações entre os ministros de Finanças dos 16 países da zona do euro, com o intuito de detalhar as garantias que os Estados terão de aportar ao dispositivo. O maior obstáculo à aprovação foi o Reino Unido. O país, que não adota a divisa única, descartava financiar o mecanismo, mesmo que fosse apenas com garantias.
Foi aprovada ainda a proposta franco-alemã de criação de um mecanismo de empréstimos ou de garantias que chegarão a 440 bilhões de euros, em recursos dos países-membros da União Europeia. O valor será mobilizado para uso eventual, em caso de turbulência sistêmica, e posto à disposição por meio de contratos de empréstimos bilaterais e de garantias, segundo as especificações de juros do FMI e dependendo de autorização unânime dos 27 chefes de Estado e de governo.