Os governos europeus estão trabalhando para superar obstáculos na tentativa de convencer seus bancos a voluntariamente rolarem até 30 bilhões de euros em bônus gregos que vencerão nos próximos anos, segundo pessoas com conhecimento do assunto. Autoridades dos Ministérios de Finanças da Alemanha, França e outros países têm pedido que os credores privados da Grécia compartilhem o ônus de um segundo resgate para o governo grego. Tal medida, que significa que os credores incorrerão em prejuízos, precisa ser aceita voluntariamente para evitar que as agências de classificação de risco afirmem que a Grécia declarou a moratória de sua dívida.

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Hoje o primeiro-ministro da Espanha, José Luiz Rodriguez Zapatero, disse que as instituições financeiras espanholas estão dispostas a participar da rolagem da dívida da Grécia. “Isso não deve representar um problema significativo para as instituições financeiras em razão de sua baixa exposição” à dívida grega, declarou Zapatero após uma reunião de líderes da União Europeia em Bruxelas.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, também se mostrou otimista. “Nós tivemos muitas reuniões com bancos e empresas de seguro franceses e nós fomos informados sobre todas as reuniões na zona do euro com instituições equivalentes e não temos dificuldades ou preocupações”, disse Sarkozy.

Os líderes da União Europeia esperam que “um montante substancial” seja incluído no próximo pacote de ajuda para a Grécia a partir das rolagens dos bônus gregos pelos investidores privados. Mas várias questões, como as garantias que os investidores pedem e as contínuas objeções do Banco Central Europeu (BCE), ainda precisam ser resolvidas, segundo fontes.

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Os governos europeus esperam ter uma ideia mais clara sobre o envolvimento do setor privado a tempo das reuniões de ministros de Finanças da zona do euro nos dias 3 de julho e 11 de julho, quando os detalhes sobre o próximo pacote de ajuda para a Grécia deverão ser definidos.

“O plano é rolar um máximo de 30 bilhões de euros em bônus com vencimento até o fim de 2014 ou 2015. Os líderes acham que isso é possível, mas reconhecem que será difícil tudo ser resolvido até o dia 3 de julho e reconhecem que ainda há certa relutância de alguns diretores do BCE que temem que isso seja visto como um evento de crédito pelas agências de rating”, disse uma fonte.

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Mesmo uma rolagem voluntária da dívida grega pode não ser suficiente para evitar que a Grécia seja declarada em moratória. Agências de rating têm alertado que a rolagem da dívida de um país como a Grécia, que é classificada bem abaixo do grau de investimento, provavelmente será considerada um default. As informações são da Dow Jones.