A União Europeia e o Japão firmaram nesta terça-feira um acordo comercial durante cúpula em Tóquio. Em comunicado, a UE afirmou que o pacto é o maior já negociado pelo bloco e criará uma zona de comércio aberto para mais de 600 milhões de pessoas. Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker afirmou que o documento é um instrumento para criar oportunidades para empresas, trabalhadores e cidadãos dos dois lados.

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“Estamos dizendo que acreditamos em comércio aberto, justo e baseado em regras”, afirmou Juncker, em momento delicado nas relações comerciais com os Estados Unidos. A comissária para Comércio da UE, Cecilia Malmström, também ressaltou o “sinal forte ao mundo” de apoio ao comércio aberto, contra o unilateralismo e o protecionismo. “Os benefícios econômicos desse acordo são claros”, argumentou ela.

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A UE informa que o acordo acabará com grande parte da cobrança de 1 bilhão de euros em impostos pagos anualmente por companhias europeias que exportam ao Japão, além de retirar uma série de barreiras regulatórias, por exemplo sobre carros. O Japão, por sua vez, poderá elevar suas exportações de carne de vaca “substancialmente”, bem como as de porco e peixe. A iniciativa prevê ainda abertura nos setores de serviços financeiros, e-commerce, telecomunicações e transporte.

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O documento precisa ser ratificado pelo Parlamento Europeu e pelo Congresso japonês, para que possa entrar em vigor em 2019, diz a nota da UE.