A União Europeia pede medidas adicionais da Grécia no corte de seus gastos. Mas Atenas alerta que, por enquanto, não fará novos ajustes. O braço de ferro entre Bruxelas e Atenas criou hoje um mal-estar entre ministros de Finanças da Zona do Euro que iniciaram na capital da UE reuniões para debater a crise. Atenas quer saber exatamente qual é o plano de resgate que Bruxelas tem antes de aceitar novas exigências de redução de orçamento.

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A indefinição entre Atenas e Bruxelas levou o euro a uma nova queda hoje em relação ao dólar, fechando quase em seu nível mais baixo em nove meses. A esperança do mercado é que os ministros deem amanhã uma indicação do caminho que estão percorrendo e que pelo menos a UE explicite o que exatamente quer como medidas extras por parte de Atenas.

O governo grego prometeu reduzir seu déficit de 12,7% do PIB para apenas 3% em 2012. Para 2010, a taxa já cairia para 8,7%. Para isso, medidas como congelamento de salários, aumento da idade mínima de aposentadoria e outras medidas foram tomadas.

Na semana passada, os líderes da UE deram seu apoio político aos gregos. Mas agora fazem novas exigências e alertam que os “riscos estão se materializando “.

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O novo comissário de Assuntos Econômicos da UE, Olli Rehn, deixou claro hoje que será muito provável que a Grécia tenha de adotar novas medidas para obter os resultados que espera. “Esperamos que, em seu momento, o governo grego adote as medidas adicionais necessárias para alcançar o objetivo”, disse. “Há motivos claros para adotar medidas adicionais”, completou.

Já o governo grego rejeitou a nova pressão e ainda indicou que a promessa política de ajuda feita pela UE na semana passada não seria suficiente para frear a crise. Hoje, o ministro de Finanças da Grécia, George Papaconstantinou, defendeu seu plano de ajustes e insinuou que não há outra medida a ser tomada por enquanto. “Estamos tentando mudar o percurso do Titanic. Mas isso não pode ser feito em um dia “, alertou. Os gregos preferem qualificar o problema apenas como resultado de um ataque especulativo por parte dos mercados. Para os gregos, um pacote de ajuda primeiro precisaria ser indicado, para que o governo possa convencer a opinião pública de que um novo ajuste é justificado. “Queremos um apoio mais explícito”, afirmou Papaconstantinou.

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