A recuperação econômica da zona do euro pode ser afetada se o euro continuar a se valorizar em relação ao yuan e a outras moedas principais, afirmou o comissário europeu de Assuntos Econômicos, Olli Rehn. Ele pediu que a China permita que o valor de sua moeda aumente significantemente.

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Rehn, o presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, e o presidente do Conselho de Ministros das Finanças da zona do euro (Ecofin, na sigla em inglês), Jean-Claude Juncker, se reuniram com o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, antes da cúpula entre a União Europeia e a China, prevista para quarta-feira.

Os líderes da zona do euro elogiaram o programa de reformas monetárias e econômicas da China, incluindo a decisão do governo chinês, anunciada em junho, de permitir que o yuan flutue mais livremente em relação ao dólar, mas eles afirmaram que o país precisa fazer mais para deixar que a moeda chinesa se valorize.

“Essas reformas devem ser complementadas por uma maior flexibilidade e, consequentemente, por uma apreciação global baseada na taxa de câmbio do yuan em relação aos seus principais parceiros comerciais, incluindo a zona do euro”, disse Rehn.

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“Se o euro continuar a suportar um encargo desproporcional no ajustamento das taxas de câmbio mundiais, a recuperação da economia da zona euro pode ser enfraquecida.”

“Observamos que a evolução em termos de taxa de câmbio efetiva, também em relação ao euro, não foi exatamente o que nós esperávamos”, disse Trichet.

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Apesar das declarações dos líderes europeus, o presidente do Banco Central da China (PBOC), Zhou Xiaochuan, afirmou que o país não está sob “grande pressão” da União Europeia para permitir que o yuan se valorize mais.

Segundo a agência de notícias Bloomberg, Xiaochuan declarou, numa entrevista em Bruxelas, que as discussões com autoridades europeias são “apenas a troca de opiniões, como sempre”.

Zhou não quis dizer se a China vai atender aos pedidos para uma valorização do yuan. As informações são da Dow Jones.