O crescimento econômico da União Europeia e da zona do euro ficou estável no quarto trimestre do ano passado em relação aos três meses anteriores, segundo divulgou há pouco a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os dados da instituição não chegam a mexer com o mercado financeiro, mas podem ser um importante combustível em ano de eleições cruciais para o bloco e que verá também os primeiros movimentos de saída do Reino Unido da União Europeia (UE), o chamado Brexit.

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De acordo com a OCDE, a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) da UE permaneceu em 0,5% na margem, assim como a da zona do euro, que voltou a crescer 0,4%. Já o PIB do grupo de países que compõem a organização desacelerou de 0,5% no terceiro trimestre de 2016 para 0,4% nos últimos três meses do ano.

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No grupo das principais sete economias mundiais, o G-7, houve aceleração do crescimento na Alemanha, de 0,1% para 0,4%, e na França, de 0,2% para 0,4% no mesmo período de comparação. Assim como já haviam apontado outros indicadores, a atividade no Reino Unido mostrou solidez no fim do ano passado, apesar das perspectivas negativas com o Brexit, e se manteve num ritmo de crescimento de 0,6% de outubro a dezembro, o mesmo visto no trimestre anterior. Uma forte desaceleração, no entanto, foi vista nos Estados Unidos nesses trimestres em questão, passando de 0,9% para 0,5%. Em menor intensidade, a diminuição do ritmo da atividade também foi verificada no Japão e na Itália – ambos passando de 0,3% para 0,2%.

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Já na comparação anual do PIB, a OCDE identificou estabilidade do crescimento entre os países que compõem a Organização em 1,7%. Este é o quarto trimestre consecutivo em que a expansão fica na mesma magnitude. No G-7, mais uma vez, o Reino Unido chamou atenção, com a maior elevação do ritmo de crescimento entre os países, para 2,2% nessa base anual, enquanto Itália e a França registraram o menor ritmo (1,1%).

Em todo o ano de 2016, o PIB aumentou 1,7% na área da OCDE, contra 2,4% registrado em 2015. Em 2017, haverá eleições nas duas principais economias do bloco europeu: na França, no primeiro semestre, e na Alemanha, no segundo. Além disso, eleitores também vão às urnas na Holanda e na Irlanda do Norte. Ainda no âmbito político europeu, haverá muita atenção em relação aos desdobramentos das negociações do Brexit, cujo projeto de lei chega hoje à Câmara dos Lordes na Inglaterra, e de um possível novo socorro à Grécia.