UE discutirá crise em reunião de cúpula este mês

A União Europeia vai promover um encontro de cúpula neste mês sobre a crise econômica global para coordenar as ações e evitar medidas protecionistas pelos Estados membros. O plano para a reunião foi elaborado em conversas telefônicas entre o primeiro-ministro checo, Mirek Topolanek, e o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso.

Em Praga, Topolanek, cujo país ocupa hoje a presidência rotativa da UE, afirmou que espera promover “um encontro informal antes do final de fevereiro” em Bruxelas. A data certa deverá ser estabelecida após um encontro entre ele e Barroso na quarta-feira. “O objetivo dessa reunião de chefes de Estado e governo será examinar as medidas tomadas até agora e a eficiência dessas medidas”, disse Topolanek.

A ideia do encontro ocorre depois de intensa pressão pela França, que deixou claro na semana passada acreditar que tem havido uma coordenação europeia insuficiente na resposta à crise desde que Praga assumiu a presidência do bloco. Em dezembro, os líderes europeus concordaram com um plano de estímulo econômico conjunto de 200 bilhões de euros, sem detalhar quais medidas devem ser tomadas no plano nacional.

Na semana passada, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, falou sobre a possibilidade de um encontro de cúpula entre os membros da zona do euro com exceção da Alemanha, mas os checos se opuseram. Sarkozy fez do protecionismo à indústria francesa o eixo central de seu plano para combater a crise econômica global, mas terá de agir cuidadosamente para evitar uma disputa em torno disso.

Hoje o governo francês assinou um empréstimo de US$ 3,9 bilhões para a Peugeot e a Renault em troca da promessa de que não fecharão suas fábricas na França por um período de cinco anos. Na semana passada, Sarkozy irritou os governos da Europa Oriental ao sugerir que a Peugeot poderia fechar uma fábrica na República Checa e transferir a produção para a França, onde muitas unidades estão ameaçadas.

Hoje, Topolanek disse que “o ímpeto final” por trás do encontro da UE são “os mais recentes e seletivos passos protecionistas e os comunicados feitos, entre outros, pelo presidente Sarkozy”.

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